Mulheres petroleiras encerram Encontro Nacional com debates sobre saúde, equidade e plenária de deliberações
junho 14, 2024 | Categoria: Banner Principal, Notícia
O segundo dia do 11º Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras, promovido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) com o apoio do Sindipetro Bahia, trouxe discussões cruciais sobre a saúde da mulher, os ciclos da vida e as opressões de gênero.
A manhã começou de forma descontraída com Sônia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres, que convidou as mulheres a fazerem um alongamento corporal, destacando a importância do cuidado com o corpo. Em seguida, Sônia participou da mesa de discussão sobre a saúde da mulher, onde ressaltou como a opressão de gênero afeta a saúde feminina. Ela mencionou a ditadura da beleza e a pressão por um corpo perfeito como formas de limitar o desenvolvimento das mulheres. Além disso, discutiu a divisão de cuidados, a sexualidade feminina, o uso de remédios e o desenvolvimento de transtornos mentais. Sônia também abordou a menopausa, que está ocorrendo cada vez mais cedo.
Andrea Santos,que é psicóloga, também compôs a mesa e falou sobre a necessidade de se pensar e formas de viver sem condicionamentos sociais e urgências impostas, questionando quando as mulheres serão livres para escolher e como isso afeta sua saúde mental e física. Thaise Viana, Coordenadora de Saúde do MNU-BA, trouxe a perspectiva racial, destacando as mazelas sociais e a diferença salarial no trabalho. “A população negra foi escravizada, foi mão de obra imposta e não remunerada, o que impede até hoje que as pessoas negras sejam reconhecidas”, afirmou. Thaise que apresentou dados sobre a saúde da mulher negra, abordando o racismo obstétrico, doenças mentais e o acesso a serviços de saúde e prevenção de câncer.
Rosângela Buzzaneli, conselheira do CA da Petrobras, foi outra convidada da mesa e falou sobre os casos de assédio sexual apurados pelo comitê da empresa. Ela provocou a plateia com a pergunta: “Por que será que não avançamos mais?” Suas palavras geraram uma reflexão intensa entre as participantes. Após a mesa, várias mulheres compartilharam vivências e depoimentos, enriquecendo ainda mais o debate. “Depois das discussões de ontem e de hoje, com certeza volto para casa com ainda mais força para seguir lutando”, comentou Celeste, aposentada da Petrobras.
O encontro também contou com uma dinâmica corporal facilitada por Brisa Okun, do projeto “Mexendo a Pelve”, que propôs exercícios para que as mulheres conhecessem melhor a autonomia de seus corpos. “Me senti muito confortável com a possibilidade de mover o meu corpo e de ver as colegas no mesmo ritmo”, comentou uma das participantes.
No final da tarde, as mulheres petroleiras discutiram em plenária formas de combater as opressões e estratégias para garantir a equidade de gênero e social no Sistema Petrobras, onde serão decididas as resoluções e os encaminhamentos para a Plenafup 2024.
Confira alguns registros
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