X Congresso dos Petroleiros da Bahia – FUP e Sindipetro Bahia se reinventam na pandemia, intensificando a luta em defesa da Petrobrás e dos direitos da categoria
junho 12, 2021 | Categoria: Congressos, Notícia, X Congresso
Na manhã do sábado (12), durante o X Congresso dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia foi feito um balanço das atividades do Sindipetro Bahia e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) nos últimos anos, ressaltando o período da pandemia da Covid-19, que teve início, no Brasil, em março de 2020.
Para o Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, a entidade sindical se reinventou neste período e está conseguindo atender aos anseios da categoria e indo além, mostrando que os petroleiros fazem parte de uma categoria solidária ao promover ações de venda de gás cozinha, gasolina e diesel a preço justo, doando milhares de toneladas de alimentos, de máscaras e álcool em gel, às comunidades carentes, “entendemos que neste momento de tanta dificuldade é preciso que haja ações acolhedoras”.
Radiovaldo também ressaltou que a decisão de restringir o atendimento presencial no sindicato para proteger os associados e funcionários, não impediu que a luta pelos interesses da categoria fosse feita. Com todo o cuidado, continuamos a realizar mobilizações, setoriais e até greves, “ mas apesar da luta, não conseguimos barrar a venda de unidades da Petrobrás na Bahia, porém impedimos que este prejuízo fosse maior”.
O sindicalista lembrou das lutas passadas em defesa da AMS, dos aposentados e dos direitos da categoria em geral, concluindo que “chegamos em um momento de amadurecimento, comprometimento, de enfrentamento e de qualidade de intervenção, como poucas vezes conseguimos alcançar na nossa história”.
O Coordenador Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, fez um resgate da história do Brasil que levou às mudanças no planejamento estratégico da Petrobrás, que foram aprofundadas após o golpe de 2016, que tirou do poder a presidenta Dilma.
Bacelar lembrou das greves históricas da categoria para barrar a privatização da estatal. “Em 2015, realizamos uma greve que durou entre 15 e 24 dias, a depender do estado, e conseguimos barrar o plano de desinvestimento da Petrobrás. Em 2017, outra greve de cinco dias, mas tão forte, que quase leva à parada de produção na Refinaria Landulpho Alves. Nos anos seguintes também aconteceram greves, inclusive, agora, em 2021”.
“Nossas ações jurídicas, mobilizações, greves, articulações políticas junto ao Congresso nacional atrasaram os planos do governo Bolsonaro e vamos continuar atuando neste sentido, pois entendo que a batalha não está perdida”, afirma.
Ele também falou das pressões e assédios que hoje são práticas comuns na Petrobrás, ressaltando as perseguições aos dirigentes sindicais e até demissões como ocorreu com o diretor do Sindipetro NF, Alexandre Trindade, demitido por distribuir alimentos a refugiados que ocupam um terreno da Petrobrás.
Para o coordenador da FUP a boa noticia é que há esperança. “Vamos resgatar o Brasil e mudar tudo isto nas eleições de 2022, reestatizando muitos dos ativos que foram vendidos pelo governo de extrema direita de Bolsonaro”.
A esperança também é a tônica que guia o Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, “temos que ficar cada vez mais sensíveis e atentos às coisas importantes de nossas vidas. A gente pensa: Será que estas lutas valeram à pena? Toda luta vale à pena. Podemos não ter uma vitória agora, mas vamos deixar um legado para as gerações futuras”, opina.
“Somos um sindicato cidadão e é muito importante que estejamos, como petroleiros, inseridos no seio da sociedade, lutando por justiça e inclusão. É muito triste ver a volta do Brasil ao mapa da fome, ver seres humanos passando por situações tão difíceis e degradantes. Por isso, nossa luta em defesa da Petrobrás tem um sentido mais amplo, pois esta grande empresa não é dos petroleiros e petroleiras somente, é de toda a sociedade. A Petrobrás produz riquezas que devem ser distribuídas e contemplar todo o povo brasileiro”.
Batista também falou dos ataques que os aposentados da Petrobrás estão sofrendo devido aos descontos abusivos da AMS, o que deixa este segmento da categoria, que muito contribuiu para a construção da Petrobrás, vulnerável, no momento em que mais precisam de apoio. “Este é o retrato do Brasil de Bolsonaro, onde há desprezo pelo ser humano”.
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Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia