Vitória esmagadora – 78% dos petroleiros da Bahia rejeitam contraproposta da Petrobrás e 75% aprovam greve
agosto 30, 2019 | Categoria: Notícia
A luta e a união venceram o medo, dando uma vitória esmagadora para a categoria petroleira, FUP e Sindipetros, nas assembleias que deliberaram sobre a 3ª contraproposta da Petrobrás e os indicativos da Federação.
Na Bahia, 78% dos petroleiros rejeitaram a contraproposta da empresa, sendo que apenas 18% foram a favor e 4% se abstiveram.
Em relação à realização de uma greve no caso de ataques ao patrimônio jurídico coletivo da categoria, durante o processo negocial, 75% foram a favor, 21% contra e 4% se abstiveram.
No caso do indicativo de manutenção da negociação coletiva sobre os pontos divergentes, 84% foram a favor, 14% contra e 2% se abstiveram.
No outro indicativo da FUP, de prorrogação dos efeitos do atual ACT, 84% votaram a favor, 14% contra e 2% se abstiveram.
Na Bahia, como em outros estados, houve um forte aparato intimidador de gerentes da Petrobrás, a mando da atual gestão da estatal, que queria medir forças com os sindicatos e obrigar a categoria, através de ameaça e assédio, a votar a favor de uma proposta prejudicial, com retirada de direitos.
Foram assembleias atípicas como nunca foi visto na história da categoria petroleira, com participação de todos os gerentes gerais, em assembleias grandes como a do EDIBA e do adm da RLAM.
A diretoria do Sindipetro deixou claro nas assembleias, que aconteceram de 21 a 30/08, em todas as unidades da Petrobrás na Bahia, que não há impedimento da presença dos gerentes e supervisores nas assembleias, desde que participem de livre e espontânea vontade, o que não foi o caso.
O fato é que a estratégia assediadora, imposta pela alta gestão da empresa foi um tiro no pé e se mostrou ineficiente em face da consciência e unidade dos trabalhadores petroleiros. Além de ter dado audiência a atividade do sindicato e exposto os gerentes à base.
Diante da posição da Petrobrás de intervir e agir com coação por seus interesses nas assembleias sindicais, o Sindipetro Bahia, através de sua assessoria jurídica, apresentou denúncia a estatal no Ministério Público do Trabalho sob nº NF 001909.2019.05.000/6, que está em andamento.
Preocupada com a ameaça de greve e percebendo a derrota iminente nas assembleias, a atual gestão da Petrobrás entrou com pedido de mediação do ACT no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A mediação aconteceu na quinta-feira (29), mas a direção da estatal não aceitou a proposta das federações de prorrogar o Acordo Coletivo e manter o processo de discussão em mesa de negociação, na própria empresa.
O ministro do TST também propôs que a empresa prorrogue o ACT e dê continuidade à mediação no Tribunal. A Petrobras tem até às 10h de segunda-feira (02/09) para responder se aceita ou não a proposta.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, “a categoria, FUP e Sindipetros cumpriram o seu papel e saíram fortalecidos na luta contra a privatização do Sistema Petrobrás e contra a retirada de direitos. O recado dado para a empresa é que a chama da resistência continua acesa” .
Clique nos links abaixo para ver os resultados das assembleias por indicativo e por base
- Manutenção da negociação coletiva sobre os pontos divergentes
- Prorrogação dos efeitos do atual acordo coletivo de trabalho enquanto durarem as negociações, demonstrando boa fé negocial
- 3ª contraproposta da Petrobrás
- Aprovação de greve em data a ser definida pela FUP e seus sindicatos, no caso de ataques ao patrimônio jurídico coletivo da categoria, durante o processo negocial
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Fonte- Sindipetro Bahia
Tags: AGE, FUP, nenhum direito a menos, rejeição da contraproposta da Petrobrás, sindipetro bahia