Teletrabalho: em dia nacional de luta, trabalhadores(as) da Petrobrás na Bahia paralisam atividades na sede e em subsidiária
fevereiro 26, 2025 | Categoria: Banner Principal, Publicação
Com a proximidade do Carnaval, a irreverência tradicional da festa tomou conta da sede da Petrobrás na Bahia. Após paralisar as atividades e realizar um ato no átrio do Torre Pituba, trabalhadores e trabalhadoras percorreram o prédio com apitos e serpentinas, fundando o “bloco do teletrabalho”, na manhã desta quarta-feira (26). A manifestação já é a sexta, neste edifício, contra a alteração da quantidade de dias presenciais imposta pela empresa.
“Temos que vestir a camisa! Precisamos demonstrar força para a empresa, mostrar que estamos unidos nessa luta e que não vamos aceitar imposições”, motivou o diretor do Sindipetro-BA e vice-presidente da CUT-BA, Luciomar Machado. Durante o ato, a trabalhadora Inerê Castro pontuou que a defesa do teletrabalho é também uma questão de gênero. “No ato passado, tinham duas colegas com os peitos cheios de leite. Elas vêm para o local de trabalho para quê? Para levantar a tampa do computador e fazer o mesmo que podia fazer de casa? Gente com o bebê em casa precisando da mãe. Mesmo que tenha sala de amamentação, a maioria das mulheres quando volta ao trabalho deixa de amamentar”, criticou.
Transpetro paralisa atividades pela segunda vez
Mais cedo, na sede da Transpetro em Madre de Deus, trabalhadores e trabalhadoras também paralisaram suas atividades em defesa do teletrabalho. A gestão da empresa, em comunicação informal e descumprindo o próprio padrão, determinou que o trabalho nas unidades operacionais, ainda que em tarefas administrativas, será 100% presencial. Já é o segundo ato do tipo nesta unidade, que vem lutando para manter o direito de trabalhar em regime híbrido.
A coordenadora geral do Sindipetro-BA, que é trabalhadora da Transpetro, defendeu que as regras do teletrabalho sejam definidas em Acordo Coletivo da categoria. “Entendemos a importância que o teletrabalho teve no processo de salvar vidas, de cuidar de pessoas durante a pandemia [de Covid-19]. E percebemos também a importância desse regime, uma vez que existe vida além do trabalho. É fundamental mantermos as relações familiares e as relações sociais da nossa força de trabalho”, definiu.