Sindipetro realiza duas ações do preço justo do gás em Salvador, nos bairros do Arenoso e de Alto de Coutos
março 8, 2022 | Categoria: Notícia
Dando continuidade à campanha do preço justo do gás, a direção do Sindipetro Bahia estará nesta quarta-feira (9), a partir das 7h, no bairro do arenoso, onde 100 famílias carentes poderão comprar o botijão de gás de cozinha pelo valor de R$ 50,00.
A ação vai acontecer na Rua Gilberto Bastos, na comunidade do arenoso (próximo à escola Caminho do Aprender, na região do Hospital Roberto Santos) e adotará o critério de ordem de chegada. Portanto, só serão beneficiadas as 100 primeiras pessoas que chegarem ao local levando comprovante de residência.
Já na sexta-feira (11), a entidade sindical realiza a mesma ação, a partir das 8h, no bairro de Alto de Coutos, na Rua Dois de Julho, só que com critérios diferentes. Em homenagem ao mês da mulher, a atividade será feita em conjunto com a Associação Mulheres Suburbanas em Ação, que já selecionou e realizou cadastro de 100 mulheres carentes, chefes de família, que vivem em situação de vulnerabilidade e que poderão comprar o botijão de gás pelo valor de R$ 50,00.
O restante do valor do botijão, que já chega a R$ 130,00 em algumas localidades de Salvador, será subsidiado pelo Sindipetro. Só este ano, em menos de dois meses, a Acelen, empresa que administra a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), após privatização, anunciou dois aumentos do preço do gás, acumulando cerca de 13% de reajuste. A gasolina sofreu quatro reajustes, assim como o diesel.
A direção do Sindipetro que vem realizando há cerca de três anos a ação do preço justo dos combustíveis para provar que é possível vender estes derivados do petróleo a preços mais baixos, lamenta que os reiterados avisos e denúncias feitas pelas entidades sindicais petroleiras não tenham sido suficientes para barrrar a privatização da RLAM.
“Agora temos na Bahia um monopólio privado internacional de petróleo e o nosso estado já tem a gasolina mais cara do país. Este é o resultado da privatização”, afirma o diretor de comunicação da entidade sindical, Radiovaldo Costa.
O que era ruim com a Petrobras piorou com a Acelen
Ele lembra que o Sindipetro alertou que os aumentos dos preços do gás de cozinha, gasolina e diesel iam acontecer de forma ainda mais constante se a RLAM fosse privatizada, pois a Acelen não produz petróleo e compra o produto a preço internacional. “No entanto, a Petrobrás que produz petróleo a um custo baixo pode vender mais barato e ainda assim garantir o seu lucro. E é isto que a estatal está fazendo agora ao segurar os aumentos dos preços dos derivados de petróleo no Brasil, desmontando o PPI (Preço de Paridade de Importação). Isto prova também que os preços dos derivados de petróleo no país são fruto de decisão política. Agora, em ano eleitoral, Bolsonaro, que dizia que não podia fazer isto, está interferindo na Petrobrás para segurar os preços dos derivados”.
Para o sindicalista, “esta é a prova de que nós estávamos certos. Ou seja, a Petrobrás pode vender para o povo brasileiro petróleo mais barato do que o petróleo internacional. Prova também que o PPI é mais perverso na Acelen do que na Petrobrás, o que mostra a importância de se ter no país uma empresa pública nacional do ramo de petróleo, gás e fertilizantes. Estamos falando de autossuficiência, de soberania”.
Para Radiovaldo quem defendeu a privatização das refinarias não foi capaz de enxergar o cenário como um todo, não foi capaz de perceber que ela só traria prejuízos para os brasileiros. “Agora, os baianos estão sentindo no bolso e devem se preparar porque muitos outros aumentos virão”. Continuando neste ritmo, brevemente o litro da gasolina na Bahia, que é já é a mais cara do país, vai alcançar o valor de R$ 10,00.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia