Sindipetro protesta contra proposta de mudança da Acelen em pagamento do PPR
dezembro 9, 2024 | Categoria: Notícia
Em ato no Trevo da Resistência, na manhã desta segunda-feira (9), petroleiros e petroleiras que trabalham na Acelen protestaram em um só coro: não irão aceitar retrocessos em relação ao Programa de Participação de Resultados (PPR). “Não cabe rebobinar a fita das cláusulas já definidas na mesa”, afirmou a coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, em alusão à proposta da Acelen, enviada neste mês de dezembro, que cria uma nova condicionante para o pagamento do PPR. “[A Acelen] não pode agora, no apagar das luzes, mudar as regras do jogo. Os trabalhadores não vão aceitar”, decretou.
No último dia 4, a Acelen enviou ofício ao Sindipetro-BA manifestando a intenção de adicionar uma nova cláusula ao PPR, condicionando seu pagamento à “existência de fluxo financeiro suficiente para que o pagamento do PPR não coloque em risco o funcionamento operacional da empresa”. Ou seja, vinculando o fluxo de caixa (entradas e saídas de dinheiro) como um dos indicadores do programa, em que pese tais informações financeiras nunca terem sido compartilhadas com o sindicato, além do fato notório que as saídas de dinheiro são de exclusiva decisão da empresa.
Em cima do carro de som, o diretor do Sindipetro-BA, Diogo Teixeira, relembrou o histórico de tratativas entre a empresa e o sindicato, criticando a mudança repentina na proposta patronal. “Depois de um longo caminho nas negociações, a Acelen quer mudar as regras aos 45 [minutos] do segundo tempo. Não podemos aceitar, precisamos fazer um movimento forte, para que a empresa entenda que os trabalhadores não vão abrir mão do pagamento do seu PPR”. Outro dirigente sindical, Vanilson Rios, acrescentou: “A Acelen aparece muito bem na mídia, apresentando vários recordes. Esse bom resultado tem que chegar no trabalhador e na trabalhadora”.
A direção do Sindipetro-BA busca finalizar a negociação dos indicadores apresentados, em mesa de negociação, para o PPR de 2024 com a Acelen, sem retrocessos nos termos já tratados em mesa. A entidade cobra da empresa uma reunião urgente para tratar o PPR de forma definitiva.
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