Sindipetro Bahia lamenta a morte do valoroso companheiro, Itaparica
agosto 13, 2020 | Categoria: Notícia
O mundo sindical, do trabalho, da resistência, perdeu um dos seus mais valorosos guerreiros: Carlos Alberto Mota Itaparica faleceu na quarta-feira (12), deixando como legado a sua história, escrita no chão da fábrica, em inúmeras assembleias, greves, mobilizações e articulações políticas e sindicais com o desejo de construir um mundo melhor, mais justo e igualitário.
Diretor financeiro do Sindiquímica Bahia, Itaparica era muito conhecido e respeitado. Internado desde julho no Hospital Cardiopulmonar para tratar de uma infecção respiratória (não relacionada ao Covid-19), ele não resistiu. Itaparica tinha 58 anos e deixa três filhos (Tiago, Tatiana e Júnior), seis netos e a sua companheira Lucíola Conceição, também diretora do Sindiquímica. O sepultamento será hoje (quinta) às 15h15 no Cemitério Bosque da Paz e o velório a partir das 13h15.
Formado em Química pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB), funcionário da empresa petroquímica Braskem, ele foi secretário sindical do PT, Diretor da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ-CUT) e único representante dos trabalhadores latino-americanos no segmento da indústria química na Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS).
Durante muitos anos, Itaparica ficou à frente do Setor de Comunicação, do então Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, onde realizou um excelente trabalho, contribuindo com ideias criativas que levaram à uma série de publicações como jornais, revistas, cartilhas e boletins especiais, materiais que auxiliaram na formação de trabalhadores de diversos ramos.
Muitos diretores do Sindipetro conviveram por muitos anos, e de perto, com Itaparica e a sua morte causou muita tristeza. Além do sentimento de perda, fica a lacuna que dificilmente será preenchida, principalmente em um momento tão difícil como esse que vivemos no Brasil.
“Essa inquietude de lutar contra as injustiças eu posso dizer que herdei da minha família. Meu avô era brizolista e meu pai um trabalhador que participava dos movimentos contra a ditadura e que lutava pelo retorno ao regime democrático”, costumava dizer Itaparica quando falava sobre sua escolha de participar desde jovem dos movimentos estudantis e sindicais.
Pai e avô amoroso, Itaparica conseguia unir a luta aos cuidados com a família. O Companheiro fará falta, mas estará sempre presente em nossas memórias e corações. À família nosso mais profundo sentimento.
Itaparica, presente!
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