Sindipetro Bahia convoca para assembleias para deliberar sobre proposta do ACT – indicativo da FUP é de rejeição
outubro 4, 2019 | Categoria: Notícia
A partir da segunda-feira, 07/10 até o dia 17/10, a diretoria do Sindipetro vai realizar assembleias em todas as unidades da Petrobrás e Transpetro, na Bahia para avaliar e deliberar sobre os indicativos da FUP em relação ao resultado das últimas negociações feitas por intermédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para a FUP “ainda há o que discutir e avançar antes de encerrar o processo negocial, seja no TST ou diretamente com a Petrobrás”.
No dia 26/09, a FUP protocolou no TST solicitação de ajustes que melhorariam significativamente a proposta do Tribunal e pediu que a estatal prorrogasse a vigência do ACT até o final do mês de outubro, para que houvesse tempo hábil para que a proposta do TST fosse deliberada pelos trabalhadores em assembleias.
O TST concordou com o pleito da FUP e encaminhou a proposta para a Petrobras que negou atender ao apelo do Tribunal.
Com sua resposta ao TST, a direção da estatal também desmereceu e colocou em dúvida a transparência das assembleias realizadas com os petroleiros, ofendendo, assim, não só a FUP e os Sindipetros, mas toda a categoria petroleira.
A direção da Petrobrás fala em solicitar que o Ministério Público do Trabalho (MPT) acompanhe as assembleias dos petroleiros, inclusive “no período da apuração”, assim como deixou claro que a sua gerência também participará das assembleias.
Diante da posição intransigente e absurda adotada pela atual gestão da Petrobrás, que, além de abandonar a mesa de negociação, sequer apareceu para as mediações bilaterais, com o TST, em Brasília, o Conselho Deliberativo da Federação, reunido nos dias 01 e 02/10, no Rio de Janeiro, tomou as seguintes decisões que serão apresentadas como indicativos nas assembleias:
• Rejeição da proposta apresentada pelo TST no dia 19/09;
• Aprovação dos itens encaminhados ao TST, em 26/09, como melhoria à proposta do Tribunal;
• Condicionar a assinatura da eventual aprovação das propostas às assinaturas dos acordos coletivos de trabalho das subsidiárias e da Araucária Nitrogenados;
• Caso não ocorra negociação, greve a partir do zero hora do dia 26/10.
A postura de desrespeito da Petrobrás para com seus funcionários – o maior patrimônio da empresa- é o reflexo do governo que ai está: sem nenhum compromisso com a classe trabalhadora e o povo brasileiro. São inadmissíveis os ataques da estatal a organização sindical e a imposição da empresa para enquadrar o contrato de trabalho da categoria nas regras da nova reforma trabalhista.
Nunca na história da Petrobrás presenciamos o que acontece hoje na empresa, nem no período da ditadura militar. A forma como a atual gestão da estatal trata seus funcionários, com um assédio moral coletivo, está levando muitos ao desespero e a depressão.
Através da pressão, do assédio e de medidas arbitrárias, a Petrobrás vem impondo perda de direitos, forçando os trabalhadores a aderirem ao PDV, PDA ou, alguns, a se submeterem a transferências súbitas. O pior são as ameaças de demissões de trabalhadores concursados e terceirizados, que já foram oficializadas através de comunicados.
Diante da conjuntura atual, essas assembleias se tornam ainda mais importantes. O momento é de fortalecer a coletividade, mostrar união, pois só assim conseguiremos avançar.
O Sindipetro sempre foi democrático e transparente em todas as suas assembleias e não vai aceitar a interferência da Petrobrás em assuntos que dizem respeito somente ao movimento sindical e à categoria.
Participar das assembleias passou a ser um dever da categoria e a única forma de, juntos, encontrarmos uma saída, uma luz no fim do túnel.
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