Sindipetro Bahia aciona Shell na justiça após barril de óleo ser encontrado no litoral nordestino
outubro 21, 2019 | Categoria: Notícia
Na quinta, (17 ), o Sindipetro Bahia e a ONG ambiental REDEMAR da Bahia, representados pela Advocacia Garcez, ajuizaram ação na Justiça Federal requerendo à Shell que forneça documentos e informações relacionados aos barris de lubrificantes de propriedade da empresa que foram encontrados na Praia do Formosa, em Sergipe e eventuais outros Estados. A ação também inclui pedido para que o IBAMA forneça quaisquer documentos e estudos, que possuam, relacionados aos fatos. Análises realizadas pela Universidade Federal do Sergipe constataram que esses barris conteriam o mesmo petróleo cru que vem poluindo o litoral nordestino desde o final de agosto deste ano.
O Presidente da REDEMAR, William Freitas, argumenta que “é importante cruzar as informações e ter certeza dos culpados por esse desastre que atingiu em cheio toda região nordeste e que vai prejudicar diretamente aos povos do mar, ao turismo e a longo prazo a depender da decantação por décadas das áreas atingidas”.
Na opinião de Deyvid Barcelar, diretor da FUP e do Sindipetro Bahia, é direito saber, assim como, é obrigação da Shell e do IBAMA informarem, a origem desse óleo que polui e destrói as praias e o bioma marinho do Nordeste. “Queremos saber se isso é mais uma consequência do péssimo modelo de atuação das petrolíferas privadas, que corrompem e poluem diversos países. A Petrobrás, patrimônio nacional, sempre atuou de forma proativa no caso de grandes acidentes ambientais, auxiliando a União, Estados e Municípios. Agora, estão tentando privatizar a Petrobrás aos pedaços e a preço de banana, além de abandonar o Nordeste do Brasil. Neste sentido, temos um exemplo catastrófico no Brasil: a Vale privatizada, responsável pelo maior acidente de trabalho e ambiental do Brasil, casos de Mariana e Brumadinho”.
Segundo o advogado Maximiliano Garcez, “caso a ação seja julgada procedente, a Shell, maior empresa petroleira privada do mundo, seria obrigada a fornecer os documentos requeridos, e estes podem ser subsídios importantes para o ajuizamento de ações que responsabilizem os culpados pelos enormes danos ambientais, sociais e econômicos decorrentes do derramamento de petróleo – cuja causa ainda é desconhecida – que tem impactado diversos pontos do litoral do Nordeste”.
Fonte – Informe Advocacia Garcez
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