Sindipetro-BA participa de reunião com a Petrobrás para tratar sobre acidente com helicóptero em Manati, na Bahia
maio 24, 2022 | Categoria: Notícia
Entidade sindical quer mais segurança para a retomada dos voos para a plataforma
A direção do Sindipetro Bahia participou, no dia 19/05, de uma reunião com representantes da Petrobrás para tratar sobre o acidente fatal, provocado pela queda de um helicóptero nas proximidades da plataforma de Manati, no dia 16/03, que matou o piloto da aeronave e deixou 12 feridos (entre eles 11 petroleiros).
O representante da Petrobrás informou que está fechando um acordo com a Secretaria de Saúde de Valença e o Corpo de Bombeiros da Bahia para aprimorar o atendimento a emergência da Plataforma de Manati, que opera produzindo gás desde janeiro de 2007.
Para o Sindipetro, Infelizmente, só depois do acidente fatal foi verificada a necessidade de se fazer um acordo entre a Petrobrás e a Cidade de Valença, pois ficou provado que não há preparo por parte da Petrobrás para atendimento a uma emergência aeronáutica, onde se verificou várias falhas de comunicação e gestão, e que o seu PRE (Plano de Resposta a Emergência) e o seu PEA (Plano de Resposta a Emergência Aeronáutica) foram testados, porém ficou constatado que não serviam para a emergência.
De acordo com denúncias que chegaram ao Sindipetro, a Petrobras teria realizado um Simulado Ambiental no dia 18/05/2022, quando, após o primeiro voo, a aeronave, de prefixo PR-LDV da empresa Líder, “apresentou indisponibilidade” (defeito). Essa aeronave vai substituir a que caiu e que acumulava uma grande quantidade de indisponibilidades, de acordo com as reclamações feitas pelos próprios trabalhadores.
Baseado nos importantes relatos acima citados, o Sindipetro solicitou que a Petrobras só autorize novo voo para a Plataforma depois da realização de um Simulado, com cenário idêntico ao do acidente (queda de aeronave, com uma vítima fatal).
De imediato, o representante da Petrobrás informou a impossibilidade da realização do Simulado, pois, segundo ele, ainda não foi formado o convênio com a Secretaria de Valença e o Corpo de Bombeiros. Informou também que somente após o retorno dos voos o Simulado poderia ser realizado.
O Sindipetro discorda, pois “se não tem como realizar um Simulado devido à falta de estrutura para atendimento, também não pode haver voo”.
Por fim, a Petrobrás informou que devido a contrato as aeronaves vão continuar sendo as S76 ( mesmo modelo da aeronave que caiu e apresentou indisponibilidade no simulado). Esse modelo só é utilizado no Nordeste. Diante de tais fatos, perguntamos: A Petrobras vai esperar cair outra aeronave novamente?
Fonte – Sindipetro Bahia