Sindipetro-ba mobiliza petroleiros em apoio à greve dos trabalhadores da Lubnor
junho 27, 2023 | Categoria: Notícia
Privatização da refinaria foi autorizada no último dia 22 e entidades saem em defesa
Petroleiros baianos estiveram mobilizados na unidade de Taquipe, em São Sebastião do Passé, na manhã desta terça-feira (27), para dizer não à privatização da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no estado do Ceará.
O Sindipetro-Bahia está nessa luta e apoia as trabalhadoras e os trabalhadores da Lubnor que iniciam hoje uma greve por tempo indeterminado.
O anúncio sobre o processo de privatização da unidade é considerado arbitrário pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os seus sindicatos filiados por todo o Brasil.
A diretora do Sindipetro-ba, Elizabete Sacramento, esteve no ato contra a venda da unidade e disse que a resolução do CAD de 22 de junho de 2022 que aprovou a venda é ilegal e incostitucional.
“Esse é mais um golpe para o povo nordestino, mas a categoria petroleira da Bahia vai seguir na defesa e apoiando a luta contra a privatização da Lubnor pois é consciente das consequências de ter uma refinaria privatizada”, declarou.
A Bahia vive sérios danos desde a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e por isso, o Sindipetro-ba se une à esta luta em defesa da Petrobrás, dos empregos e da manutenção do patrimônio público.
De acordo com a FUP, a Lubnor conta com mais de 500 trabalhadores e é responsável por cerca de 10% da produção de asfalto no país, além de produzir lubrificantes naftênicos – produto para usos nobres, como isolante térmico para transformadores de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos pneumáticos. A refinaria também é responsável por abastecer todos os estados do Nordeste, além de fornecer derivados para os estados do Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins.
Assembleia com trabalhadores em Taquipe
O Sindipetro-ba além de sensibilizar a categoria sobre a situação da Lubnor, realizou uma assembleia com trabalhadores da unidade de Taquipe para tratar sobre o futuro da Petrobrás.
Direitos trabalhistas dos funcionários e dos terceirizados também foram postos em pauta. O sindicato reafirmou seu compromisso em negociar os problemas encontrados nos contratos, bem como, melhorias no modelo de admissão da empresa, inclusão de dependentes no plano de saúde, geração de novos empregos e a luta contra o processo de privatização.