Sindipetro-Ba defende a volta das FAFENS Bahia e Sergipe para a Petrobrás
junho 27, 2023 | Categoria: Notícia
Arrendadas para a Unigel, as duas fábricas de fertilizantes foram hibernadas pelo grupo químico
O Sindipetro Bahia defende que a Petrobrás volte a operar as fábricas de fertilizantes da Bahia e de Sergipe, que foram arrendadas no governo Bolsonaro, em 2020, para o Grupo Unigel.
Alegando dificuldades operacionais, econômicas e financeiras para tocar o negócio devido ao preço do gás, o Grupo Unigel paralisou a Fábrica de Fertilizantes de Sergipe (Fafen- Se), suspendeu os contratos de trabalho e parou de abastecer o mercado.
No dia 26/06, o Grupo anunciou também a hibernação da Fafen Bahia. Para o Sindipetro- Ba, o que está ocorrendo é muito claro: a Unigel está criando dificuldade para obter facilidade pública. Ou seja, quer socializar o prejuízo e privatizar o lucro.
Portanto, se o Grupo não tem condições de prosseguir com o seu negócio que devolva à Petrobrás. O Sindipetro Bahia, a FUP e seus sindicatos sempre se posicionaram contra o arrendamento das fábricas de fertilizantes da Petrobrás, defendendo que a Petrobrás deveria continuar operando essas unidades de fertilizantes por diversos motivos: o principal deles é a importância estratégica do setor de fertilizantes, pois o Brasil é um grande produtor de grãos e proteínas e o investimento na produção de fertilizante é fundamental para garantir a continuidade do crescimento do setor e a soberania nacional. Por isso, a importância do setor de fertilizantes continuar nas mãos da Petrobrás, uma empresa estatal.
Além de aumentar a presença, os investimentos e a participação da estatal na Bahia e em Sergipe, a volta da Petrobrás à frente da operação da Fafen, garante também o retorno para a Bahia daqueles trabalhadores que foram transferidos para outros estados e que poderiam ser alocados na fábrica de fertilizantes.
Como parte do projeto de desmonte da Petrobrás, nos governos de Temer e Bolsonaro – além da hibernação seguida de arrendamento das Fafens da Bahia e de Sergipe – a Fafen Paraná foi fechada, em 2020, aumentando ainda mais a dependência da agroindústria brasileira da importação de fertilizantes. Infelizmente, a greve, denúncias e mobilizações realizadas pela FUP e seus sindicatos não foram suficientes para evitar o fechamento da fábrica.
O fato do Grupo Unigel na primeira dificuldade fechar as fábricas que opera e ir em busca de dinheiro público para dar continuidade ao seu negócio, só comprova o que o Sindipetro vem afirmando há anos: o setor privado só quer a garantia do lucro e não tem comprometimento com o Brasil. Só fica no investimento enquanto este garante o lucro.
A Petrobrás operou as Fafens por mais de 50 anos e mesmo nos momentos difíceis do setor, a estatal manteve as suas fábricas de fertilizantes em operação. Essa é a grande diferença entre uma empresa pública e uma empresa privada.
Para o Sindipetro, é urgente que a Petrobrás volte a operar as Fafens e retome o seu lugar no setor de fertilizantes. No caso da Bahia, a entidade ressalta ainda a importância desse retorno para a economia de Camaçari e da Bahia como um todo, salientando que esta não é uma luta somente dos petroleiros, mas de toda a sociedade baiana.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia