Sexta-feira (19), às 7h, todos ao Trevo da Resistência para o grande ato contra a venda da RLAM e da Transpetro
julho 18, 2019 | Categoria: Notícia
Nesta sexta-feira (19) todos os caminhos levam à RLAM, mas especificamente ao Trevo da Resistência, onde será realizado um grande ato contra o fechamento da Refinaria Landulpho Alves e da Transpetro, o que envolve todo o sistema logístico da refinaria.
A mobilização, que segue o calendário de lutas da campanha em defesa do Sistema Petrobrás e do Acordo Coletivo de Trabalho, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), acontece a partir das 7h.
O ato pretende demonstrar a capacidade de união e também de comprometimento dos petroleiros e das petroleiras, sejam eles trabalhadores diretos ou terceirizados. A situação é muito complicada. Estamos falando de perdas de direitos e de empregos, pois com a privatização não há nenhuma garantia de que os trabalhadores permaneçam em seus postos de trabalho, mesmo aqueles concursados.
A atual gestão da Petrobrás, que representa o governo de extrema direita de Bolsonaro está promovendo um grande desmonte na estatal, o que já está afetando o dia a dia dos trabalhadores nas unidades da empresa, que sofrem com a sobrecarga de trabalho, intensificada após a implantação do efetivo mínimo.
A única forma de resistência é através da luta, das mobilizações, deixando claro que a categoria não vai aceitar passivamente tantos desmandos. Por isso, a importância de que todos e todas participem dessa mobilização;
Já aconteceram mobilizações na Refinaria Abreu e Lima (PE), nas usinas de biodíesel de Montes Claros (MG) e Candeias (BA). Além de uma mobilização conjunta, na terça-feira (16) dos trabalhadores da Refinaria Presidente Vargas (Repar) e da Araucária Nitrogenados, no Paraná. Na quarta-feira, (17) o ato aconteceu na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap),
A Petrobrás já deu inicio à primeira fase do programa de venda de refinarias e seus sistemas logísticos. Estão sendo oferecidas a Rnest (Pernambuco) Rlam ( Bahia), Repar (Paraná) e Refap ( Rio Grande do Sul).
Para privatizar as refinarias, a estatal mudou sua política de preços, passando a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar, desencadeando assim aumentos sucessivos, que já chegaram a ser diários, da gasolina, diesel e gás de cozinha, prejudicando o consumidor brasileiro. Além disso, diminuiu a capacidade de processamento nas refinarias.
Para o diretor da FUP, do Sindipetro Bahia e funcionário da RLAM, Deyvid Bacelar, “a estratégia da Petrobrás de diminuir as cargas nas refinarias e omitir a sua real capacidade de produção é um crime lesa pátria, pois deprecia o patrimônio público para tentar justificar a sua venda, e o pior, a preços reduzidos”.
Segundo o coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, “essa é mais uma etapa para a privatização do Sistema Petrobrás e um ataque à soberania nacional e a autonomia do país em relação ao processamento de derivados de petróleo, colocando um setor estratégico da economia do país nas mãos de empresas estrangeiras”.
Fonte – Sindipetro Bahia
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