Sessão na ALBA, na segunda, 17/06, discute os prejuízos causados pela parada da FAFEN Bahia
junho 13, 2019 | Categoria: Notícia
“Problemática e prejuízos causados pela parada da FAFEN Bahia”. Este é o tema da sessão especial que acontece nessa segunda-feira, 17/06, às 9h30, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
A sessão, proposta pelo deputado Eduardo Salles (PP-BA), será realizada no Plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães na ALBA e contará com a presença da diretoria do Sindipetro Bahia.
A FAFEN – Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia – está em parada para manutenção desde o inicio do mês de maio até o dia 28/06, quando deverá voltar a funcionar devido a liminar que impede o fechamento da unidade, que é a primeira fábrica do Polo Petroquímico de Camaçari.
Prejuízos
O fechamento da FAFEN afeta profundamente o funcionamento de muitas empresas do Polo, que utilizam os produtos da fábrica como matéria-prima: a amônia é necessária para a produção da OXITENO, ACRINOR, PROQUIGEL, IPC DO NORDESTE e PVC; já a ureia é utilizada na HERINGER, FERTIPAR, YARA, MOSAIC, CIBRAFÉRTIL, USIQUÍMICA e ADUBOS ARAGUAIA; o gás carbônico na CARBONOR, IPC e WHITE MARTINS.
Tais empresas, para continuar trabalhando na região, terão de recorrer às importações para substituir os insumos fornecidos pela FAFEN-BA, o que pode ampliar custos e criar dificuldades logísticas.
Além das empresas citadas, o encerramento das atividades da FAFEN-BA provocará um desequilíbrio na produção da térmica Rômulo Almeida, que foi projetada para atender à demanda de energia elétrica para a FAFEN-BA, podendo inviabilizar seu funcionamento.
No caso da Carbonor, o impacto do fechamento é ainda maior, podendo afetar milhares de pacientes com problemas renais e que necessitam da hemodiálise para sobreviver, pois a empresa é a única detentora de tecnologia de produção de bicarbonato de sódio para uso farmacêutico e, em especial, para hemodiálise no Brasil, atendendo também a outros países na América do Sul.
Soberania alimentar
Os fertilizantes são insumos essenciais à produção agrícola, sendo necessário tratar sua produção como questão de Segurança Nacional. A parada da FAFEN-BA e das demais Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados do país, coloca em risco também a nossa Soberania Alimentar e o Agronegócio, uma vez que a produção agrícola passará a depender totalmente da importação de fertilizantes.
Para o Sindipetro, a decisão da atual gestão da Petrobrás não faz sentido, “afinal, o segmento de fertilizantes encontra-se em expansão tanto no Brasil quanto no mundo e a demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional”.
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