Resultado parcial aponta que mais de 98% dos petroleiros da Bahia estão rejeitando contraproposta da Petrobrás para o ACT
agosto 14, 2020 | Categoria: Notícia
Nas assembleias que acontecem desde o dia 11/08, nas unidades do Sistema Petrobrás na Bahia, os petroleiros estão aprovando os indicativos da FUP e rejeitando a contraproposta da estatal, considerada uma ofensa e uma provocação, pois além de propor reajuste zero, enquanto dá aumentos escandalosos para a Diretoria, a gestão Castello Branco quer impor perdas significativas para a categoria.
Também, está sendo aprovada nas assembleias a proposta da FUP de prorrogar o atual ACT, durante o estado de calamidade pública e enquanto um novo acordo não for celebrado com a Gestão do Sistema Petrobrás.
Até o momento, 98,37% dos petroleiros disseram não à contraproposta da gestão bolsonarista de Castello Branco, 0,81% foram a favor e 0,81% se abstiveram. Os mesmos percentuais são aplicados na aprovação da proposta de prorrogação do ACT, que está ganhando por ampla maioria.
As assembleias acontecem até o dia 17/08 (segunda-feira)
Contraproposta é um desrespeito:
>0% de reajuste no salário e em todos os benefícios
> Fim do adicional de campo terrestre
> Retirada da HE dos feriados trabalhados no turno (dobradinha) no Carnaval, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro e 15 de novembro
> Redução da HE troca de turno para 50%
> Estabilidade de emprego: empresa rejeita pactuar no ACT o acordo que já firmou com o MPT, que proíbe demissão coletiva por 5 anos sem discussão prévia com os sindicatos. Também se nega a negociar estabilidade perto da aposentadoria.
> AMS: reajuste do grande risco em até 1422% (média de reajuste em 143%); acaba com a autogestão do RH; aumenta a relação de custeio para os beneficiários e reduz a participação da empresa (60 empresa x 40 trabalhadores/hoje é 70×30); mantém a caixa preta da AMS, sem auditoria independente; mantém o pagamento por boleto.
> Teletrabalho: se recusa a negociar o regramento no ACT. Propõe reunião específica, sem deixar claro que será uma reunião informativa ou negociação.
> Fundo garantidor: se recusa a discutir garantias para os trabalhadores terceirizados
> Rejeita a proposta de abono de faltas em função do acompanhamento de dependentes a consultas médicas e a exames
> Rejeita a proposta de deixar explicito um direito já existente, para evitar interpretações contrarias na atual cláusula 57 do ACT, de garantia ao transporte para as trabalhadoras lactantes que usufruem da redução de jornada de 8h para 6h.
Principais reivindicações dos petroleiros e petroleiras
> Prorrogação do ACT enquanto durar o estado de calamidade pública
> Regramento do teletrabalho, com cláusulas protetivas no ACT, com respeito à jornada de trabalho e garantia de que a adesão seja opcional
> ACT por dois anos – 2020-2022
> Regramento das tabelas de turno no ACT, com proteção à jornada de trabalho, relação trabalho x folga e preservação da quinta turma
> Manutenção da AMS como plano autogerido pelo RH;
> Ajustes nas cláusulas que foram objeto de mediação no TST: hora extra na troca de turno, banco de horas, efetivos
> Medidas protetivas para os trabalhadores terceirizados, restabelecimento do fundo garantidor
> Reajuste pelo IPCA (estimativa de 2,3%) e ganho real de 2,2%, correspondente às perdas inflacionárias verificadas entre 1° de setembro de 2016 e 31 de agosto de 2019
> Recomposição dos efetivos
> Condições seguras de trabalho
> Defesa da Petros
> Segurança no emprego
Conheça o calendário de assembleias e participe!
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Fonte- Sindipetro Bahia
Tag: ACT, assembleias, Castello, FUP, rejeição da contraproposta, sindipetro bahia