Petros nega prorrogação da suspensão do pagamento dos empréstimos
outubro 27, 2021 | Categoria: Notícia
Apesar das inúmeras solicitações do Sindipetro Bahia, da FUP, dos Conselheiros Deliberativos eleitos e dos participantes e assistidos, a Petros informou que não irá prorrogar o prazo da suspensão do pagamento dos empréstimos, deixando a categoria petroleira em uma situação difícil em meio a uma inflação galopante e perdas de receitas com a cobrança abusiva da AMS (que ainda persiste) e o pagamento do equacionamento.
A Petros informou sua decisão – ratificando que o período de suspensão será encerrado em outubro – ao responder a um ofício enviado pelo Sindipetro Bahia à Fundação solicitando a prorrogação do prazo de suspensão do empréstimo até janeiro de 2022.
Ao tentar se justificar, a Fundação destacou que “a incorporação mensal de juros e correção gera um incremento dos saldos devedores nos contratos no período de suspensão e, que, portanto, tal ação é requerido ser utilizada com parcimônia”.
Acontece que a suspensão do pagamento não é compulsória, mas sim individual e cabe aos participantes e assistidos fazer esta opção, arcando futuramente com o aumento do saldo devedor. Esta decisão não cabe à Petros que ainda ignora o fato de muitos petroleiros, especialmente os aposentados e pensionistas – estarem passando por uma situação financeira muito complicada, recorrendo a bancos e até a agiotas. Alguns estão sustentando filhos e netos desempregados, devido à crise econômica, e sem condições de pagar, neste momento, mais uma prestação, no caso a dos empréstimos da Petros.
É importante lembrar que os aposentados e pensionistas não vão receber o 13º salário, pois já tiveram as parcelas adiantadas, o que complica ainda mais a situação deste segmento da categoria.
Para o Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, “a situação causa ainda mais revolta pelo fato desta suspensão não trazer nenhum prejuízo para a Petros, pelo contrário, ajuda o plano a alcançar a sua meta atuarial. Então, não atender é pura falta de empatia e de sensibilidade”.
Para ele é urgente mudar a lógica que predomina hoje nos fundos de pensão fechados como a Petros, “onde o patrocinador faz a gestão absoluta do plano, que é o caso da Petrobrás, com a indicação de toda a diretoria, além do voto de minerva no Conselho Deliberativo, e os participantes não têm nenhum poder de interferência na gestão e nem sequer conseguem que seus pleitos sejam atendidos junto à direção da Fundação mesmo sendo estes pedidos tecnicamente corretos, sem impedimento de ordem legal para ser executado. É um absurdo que mesmo o dinheiro sendo dos participantes e assistidos eles sejam tutelados pelo patrocinador”, conclui.
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Fonte- Imprensa Sindipetro Bahia
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