Petrobrás não comparece à audiência no MPT para tratar sobre a paralisação dos campos terrestres da empresa na Bahia
fevereiro 10, 2023 | Categoria: Notícia
Sindipetro pede mais transparência da estatal e lamenta falta de informações sobre a retomada das atividades do Polo Bahia Terra
Preocupada com as consequências da paralisação das atividades de 37 campos de produção de petróleo e gás na Bahia, a direção do Sindipetro pediu ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que fizesse uma intermediação entre a entidade sindical, a Petrobrás e empresas terceirizadas que atuam na área da UN-BA da estatal. A audiência aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), sem que nenhum representante da Petrobrás comparecesse.
Ao provocar o MPT, o Sindipetro pretendia que a Petrobrás prestasse esclarecimentos sobre os procedimentos para retomada das atividades dos campos terrestres, que fazem parte do Polo Bahia Terra, e estão paralisadas desde dezembro de 2022, após auditoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ter encontrado problemas e irregularidades.
A maior preocupação do Sindipetro é com os empregos dos trabalhadores terceirizados que podem ser afetados à medida que a paralisação desses campos se prolongue. No entanto, a estatal se limitou a enviar ao MPT um documento sem maiores explicações e sem informar sobre o andamento dos consertos que estão sendo feitos nos campos e o prazo para que terminem. Apesar de comunicar que “até o momento não houve desdobramentos para os trabalhadores”, não há segurança de que isto não venha a acontecer com a demora da retomada das atividades.
“Além das informações que deveriam ter sido dadas para o Sindipetro, para as empresas terceirizadas que compareceram à audiência (que também estão sendo afetadas) e para o MPT e que não foram dadas pela Petrobrás, buscamos também que a estatal firme o compromisso que, independente do tempo de parada dos campos, não haverá desdobramentos negativos para os trabalhadores”, explica o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, que participou da audiência juntamente com o assessor jurídico da entidade sindical, Clériston Bulhões.
Para Radiovaldo “apesar da gravidade do problema, que afeta também os municípios produtores de petróleo, a direção da Petrobrás continua mantendo uma má postura, sem transparência e sem respeito aos envolvidos”. Ele ressalta que, “infelizmente, ainda estamos lidando com a gestão bolsonarista da Petrobrás, pois não deu tempo para que o novo presidente da estatal efetuasse as mudanças necessárias na diretoria e gerências executiva e das unidades. Mas acreditamos que, em breve, teremos a Petrobrás que queremos, uma empresa pautada no diálogo, na transparência e que busque medidas protetivas para os trabalhadores”.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia