Greve de 2015

Era novembro de 2015. Os trabalhadores tentavam conter os cortes e os desinvestimentos previstos para a Petrobrás no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. A empresa e o pré-sal estavam sob ataque da operação Lava Jato e dos grupos políticos e econômicos que agiam dentro e fora do país contra a presidenta Dilma Rousseff, de olho no petróleo brasileiro. Foi nesse contexto, que os petroleiros entraram em greve em defesa da Petrobrás pública e dos empregos.

Em vez de uma pauta salarial e corporativa, os petroleiros aprovaram a Pauta pelo Brasil, com propostas para manter os empregos, os investimentos estruturantes e a integração da empresa. Houve uma forte repressão na Bahia, onde o então coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, foi preso em frente à RLAM. A greve começou no dia 01/11/2015 chegando a durar até 22 dias em algumas bases, com adesão em todos os sindicatos da FUP. A paralisação afetou a produção de petróleo e gás no país.  Foi um dos principais movimentos políticos conduzidos pela categoria em defesa da Petrobrás e da soberania nacional. Foi também a primeira grande greve dos trabalhadores que ingressaram na empresa a partir dos anos 2000.