Novos capítulos da chantagem da Unigel com a Petrobrás
novembro 16, 2023 | Categoria: Banner Principal, Notícia
A cada passo dado pela Unigel em relação à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-Ba), fica mais evidente que as decisões tomadas pela empresa têm um forte grau de chantagem em relação à Petrobrás.
Na terça-feira (14), a Unigel informou à imprensa que suspendeu o aviso prévio que havia dado aos trabalhadores da fábrica de fertilizantes de Camaçari e que continua em negociação com a Petrobrás para viabilizar o retorno das operações da fábrica.
Ao que parece, o anúncio do aviso prévio aos trabalhadores não passou de manobra da Unigel para tentar atingir os seus interesses, pressionando a Petrobrás a abaixar o preço do gás natural negociado com a empresa química. Em momento algum passou pela cabeça de seus dirigentes que um anúncio de demissão mexeria com o emocional dos empregados.
A Unigel alega que o alto custo do gás natural fornecido pela Petrobrás “torna o preço final do produto acabado (fertilizantes) impraticável face aos preços praticados no mercado internacional”. Portanto, atribui à estatal a responsabilidade da sua gestão deficitária.
No entanto, como o Sindipetro-Ba já denunciou, a Unigel omite que a Petrobrás não é sua única fornecedora de gás natural. Ela é abastecida também pela Shell, PetroReconcavo e Petrogap. A Petrobrás fornece à fábrica de fertilizantes, arrendada desde 2020 pela Unigel, apenas 15% de todo o gás utilizado para permitir a sua operação.
Por quê a Unigel também não cobra das outras empresas a redução no preço do gás natural? Porque quer obter facilidade pública. Como já dissemos, quer socializar o prejuízo e privatizar o lucro. E tenta fazer isso através da chantagem.
O Sindipetro-Ba cobra respeito aos trabalhadores diretos e indiretos, e que eles não sejam usados nesta disputa entre empresas. Isto não é correto. O trabalhador não é massa de manobra.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia
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