Nova diretoria do Sindipetro-BA tomou posse nesta sexta (19) reafirmando comprometimento com as lutas da categoria
julho 20, 2024 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Entidade tem, pela primeira vez na sua história, uma mulher eleita coordenadora
A nova direção do Sindipetro Bahia tomou posse na noite da sexta-feira (19), no CEPE Stella Maris, em Salvador, em uma cerimônia marcada por muita emoção e bastante concorrida, que contou com a presença de diversos representantes de movimentos sindicais e sociais, parlamentares e autoridades. Pela primeira vez na história da representação sindical petroleira da Bahia – que completa 70 anos no mês de outubro – uma mulher é eleita coordenadora. Elizabete Sacramento, mulher negra, trabalhadora da Transpetro, comandará o Sindipetro até 2028, liderando uma diretoria composta na sua maioria por homens.
“Elizabete Sacramento representa cada uma de vocês mulheres que estão aqui hoje. Ela diz para vocês que vocês podem”, enfatizou o Secretário Sindical do PT nacional, Paulo Cayres, completando que “a nova coordenadora vai mostrar para os racistas, os fascistas e os machistas o que as mulheres vão fazer nesse país”.
“Este é um momento histórico. Empossar como coordenadora do Sindipetro uma mulher negra no Julho das Pretas tem um simbolismo extraordinário”, afirmou Fabya Reis, pré-candidata a vice-prefeita de Salvador na chapa de Geraldo Júnior. “Desejo muita sorte a essa diretoria deste sindicato tão importante para a democracia do nosso país.
“A gente tem que falar sobre mulheres. Somos 51% da população brasileira e ainda temos muita dificuldade em ocupar espaços, seja nos sindicatos, ou em outros locais”, ressaltou a coordenadora do Coletivo de Mulheres da FUP, Bárbara Bezerra, destacando neste contexto, a importância da cabeça de chapa nas eleições do Sindipetro-BA ter sido uma mulher.
O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, lembrou de todos os companheiros e companheiras que lutaram ao longo de vários anos pela redemocratização do Brasil, pontuando os momentos difíceis quando foi preciso ainda mais resistência como no governo passado de extrema direita. Bacelar também festejou a volta da normalidade e recuperação de direitos que estão vindo com o governo Lula, salientando ainda “o retorno da Petrobras com toda a força para o nosso estado, estado onde o petróleo foi descoberto e a Petrobras nasceu. Onde voltaremos a ter, mais uma vez, a Petrobrás do poço ao poste, gerando emprego e renda;
“O desafio dessa diretoria é enorme. Não é tarefa fácil cuidar desse sindicato e de tudo que ele representa. Vejo o Sindipetro como um exemplo de luta e nos dá muito orgulho ver uma mulher jovem e negra à frente de um sindicato como este” declarou a presidenta da CUT Bahia, Leninha Firmo.
O Presidente da CNQ/CUT, Geralcino Teixeira, disse que para ele “o Sindipetro foi um professor ao longo da minha trajetória sindical”. O professor, jornalista e escritor Emiliano José, falou do momento rico e difícil que estamos vivendo na política. “Rico porque temos um presidente como Lula na direção do nosso país, difícil porque o nosso presidente vive cercado por aquilo que ele chama as vozes do mercado, que cada vez mais querem impedir o desenvolvimento e a distribuição de renda no país”.
Adolpho Loyola que estava representando o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, exaltou a importância do Sindipetro e dos petroleiros para a vitória de Lula e de Jerônimo, evidenciando que o governo do estado está aberto ao diálogo com os movimentos sindicais e sociais.
O representante do Fórum Baiano em Defesa da Petrobras, Petros e AMS e também pré-candidato a vereador de Salvador, pelo PT, Dejair Santana, falou da importância da categoria petroleira e da luta pela reconstrução da Petrobrás. Como membro da comissão eleitoral do pleito do Sindipetro, Dejair declarou empossada a nova direção da entidade sindical.
A nova coordenadora, Elizabete Sacramento fez um discurso emocionado de agradecimento. Ela agradeceu à categoria petroleira, “graças a vocês que nós existimos”, afirmou Elizabete. Agradeceu também aos seus familiares e aos de todos os diretores, “que compreendem que a luta é necessária”. Agradeceu ainda aos funcionários do sindicato e do CEPE.
“Hoje me sinto um ser humano muito melhor graças ao que aprendi no movimento sindical”, disse Elizabete que em nome de toda a diretoria se comprometeu a fazer um mandato participativo e dar continuidade à luta pelo fim dos PEDS e pela volta da RLAM, com a garantia dos empregos dos trabalhadores da Acelen e por ainda mais investimentos da Petrobrás na Bahia, entre muitas outras. A nova coordenadora finalizou sua fala enaltecendo a luta e resistência dos petroleiros e petroleiras.
Após a cerimônia de posse, as centenas de pessoas presentes participaram da festa de confraternização.
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