História e memória deram o tom da celebração dos 70 anos do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras
outubro 5, 2024 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Uma noite para celebrar, confraternizar, mas principalmente para recordar. Assim pode ser resumida a comemoração dos 70 anos de representação sindical petroleira da Bahia, que aconteceu na sexta-feira (4), no CEPE Stella Maris, em Salvador.
Através da memória, a história da categoria foi contada pela coordenadora da entidade sindical, Elizabete Sacramentoe pelo petroleiro e deputado estadual, Radiovaldo Costa. Pioneirismo foi a palavra mais usada para falar dos primórdios da história de uma grande e importante categoria que teve sua base na Bahia, terra onde o petróleo foi descoberto, a Petrobrás nasceu e também onde foram forjados os primeiros petroleiros.
Como se tivessem entrado em um túnel do tempo, os anfitriões transportaram os convidados para o ano de 1954, quando foi criada a Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo. A partir daí foi construída a história da categoria petroleira, baseada, principalmente na resistência.
No decorrer da noite, a história ganhou forma, provocando saudades ao reavivar a memória de centenas de petroleiros e petroleiras presentes. Foram lembrados os fundadores da Associação, presidentes e coordenadores do STIEP e do antigo e novo Sindipetro, que hoje, após 70 anos, pela primeira vez, tem uma mulher, Elizabete Sacramento, como coordenadora.
Também houve homenagens. Muitas. Foram homenageados, ex-presidentes e ex-coordenadores dos Sindipetros e STIEP – Germino Borges, Armando Tripodi e Jairo Batista. E ainda os diretores sindicais, Gilberto Malafaia e Paulo César, representando os grevistas das icônicas greves de 1983 e 1994. Destaque também para as greves de 1995, 2015 e 2020.
O ex-vereador, Moisés Rocha, foi homenageado, representando todos os petroleiros parlamentares que levaram a voz da categoria para as câmaras municipais, Assembleia da Bahia e Congresso Nacional.
Em uma categoria composta majoritariamente por homens, não poderia ficar de fora das homenagens uma das primeiras mulheres a ocupar um cargo de diretora do sindicato dos petroleiros: Nilzete Motta Andrade falou dessa experiência. “O sindicato para mim foi uma faculdade, eu me tornei uma pessoa mais forte por causa dele”.
E a noite seguiu com mais homenagens, para os e as representantes sindicais, que desempenham um importante papel nas 12 subsedes do sindicato no interior do estado, para as funcionárias e os funcionários do Sindipetro, e para um dos mais antigos diretores da entidade sindical, conhecido por todos como Pelé. Afinal, essa é uma história que foi construída de forma coletiva. Por isso, a necessidade de homenagear todas essas pessoas pelos anos de dedicação à categoria petroleira, de diferentes formas.
Aqueles que faleceram, como mais recentemente os companheiros Wilton Valença e Celso Babi, também foram lembrados, assim como a importância deles para a luta petroleira.
O enfrentamento à ditadura militar e ao neoliberalismo, as inúmeras greves em defesa dos direitos da categoria– aposentados e trabalhadores(as) da ativa do Sistema Petrobrás e também do setor privado de petróleo – foram lembrados. Da forma mesma que a luta em defesa da Petrobrás. Momentos bons e outros nem tanto foram citados, sempre lembrando daqueles que construíram essa história de pioneirismo, pois foi na Bahia onde tudo começou.
{Escrito por imprensa Sindipetro Bahia}
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