Greve dos petroleiros na Bahia segue forte e deve ganhar mais adesões nos próximos dias
fevereiro 3, 2020 | Categoria: Notícia
O terceiro dia da greve nacional dos petroleiros ganha força com a adesão de trabalhadores do adm e terceirizados. A paralisação já acontece em 20 bases operacionais de 11 estados.
Na Bahia, o movimento paredista segue com corte de rendição em unidades como Rlam e Transpetro. Há piquetes em unidades como Bálsamo, Santiago, Buracica e Miranga, onde funcionam os campos de exploração de petróleo. Já na FAFEN não há greve devido à desativação da unidade.
A expectativa é de um engajamento ainda maior a partir dessa terça-feira (04).
No inicio da manhã, trabalhadores do adm da Refinaria Landulpho Alves participaram de uma mobilização em frente a unidade. Eles ouviram os informes da diretoria do Sindipetro Bahia e ratificaram a sua participação no movimento grevista.
A categoria reivindica o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a suspensão das demissões dos trabalhadores da FAFEN Paraná (396 trabalhadores próprios e 600 terceirizados).
Além do descumprimento do ACT, das quebras de acordo e demissões, os petroleiros da Bahia enfrentam também o desmonte da estatal no estado.
Ocupação da sede da Petrobrás
Na tentativa de abrir um canal de negociação com a gestão da Petrobrás, um grupo de cinco diretores da FUP (Comissão Nacional de Negociação Perma¬nente) está desde o dia 31/01 ocupando uma sala de reunião do edifício sede da empresa (Edise), na Ave¬nida Chile, no Rio de Janeiro. O objetivo é pressionar a gestão a discutir com a entidade alternativas que evitem as demissões na Fafen-PR e o cumprimento das negociações determinadas no fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em novembro, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Os 13 sindicatos filiados à FUP deliberaram por encaminhar todas as denúncias relativas ao descumprimento do direito de greve, bem como as reivindicações relacionadas ao movimento para essa Comissão que encontra-se no Edise.
A Justiça do Trabalho do Rio de janeiro negou liminar à Petrobras, que pretendia expulsar a Comissão do prédio. A juíza Rosane Ribeiro Catrib autorizou a permanência dos petroleiros, enfatizando a legitimidade da Comissão de Negociação. A gestão da Petrobrás, no entanto, continuou apostando no confronto e desligou a energia elétrica e o fornecimento de água no andar onde estão os dirigentes da FUP. Além disto, a gestão da Petrobras impediu a entrega de alimento e água mineral para a Comissão.
Fonte – Sindipetro Bahia (com informações da FUP)
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