GG da RLAM humilha e demite terceirizado que havia chegado na refinaria antes das 4h a pedido da Petrobrás
março 30, 2021 | Categoria: Notícia
GG da RLAM humilha e demite terceirizado que havia chegado na refinaria antes das 4h a pedido da Petrobrás
“Quero que tire esse rapaz da refinaria agora. Não quero mais ele aqui”. Essas foram as palavras do Gerente Geral (GG) da Refinaria Landulpho Alves ao encontrar o trabalhador, um instrumentista da empresa MVS, com as pernas apoiadas em uma cadeira, na área do Miguelão, na quarta-feira (24/03).
O GG foi ainda mais longe. Chamou o gerente da Petrobrás do setor responsável por essas contratações e, na frente de todos, ordenou a demissão do trabalhador e a aplicação de uma multa de aproximadamente R$ 400 mil na MVS.
A atitude autoritária e desproporcional do GG se torna ainda mais grave levando em conta o contexto do acontecimento. Nesse dia, o instrumentista, que trabalha há mais de 10 anos na RLAM, prestando serviços através de várias terceirizadas, chegou à refinaria às quatro horas da manhã, por imposição da Petrobrás, que vem antecipando em muitas horas a entrada dos trabalhadores na refinaria para furar a greve dos petroleiros, que já dura 26 dias, e, assim, tentar enfraquecer o movimento da categoria.
De acordo com os colegas, o trabalhador queixava-se de cansaço e dor nas pernas. Por isso, resolveu apoiar as pernas em uma cadeira enquanto aguardava as orientações para dar início ao trabalho.
Devido a algo corriqueiro, sem nenhum agravante, o trabalhador foi humilhado e demitido na frente de todos por um gerente que, com essa atitude, mostra descontrole emocional e despreparo para o cargo que ocupa.
Esse episódio expõe a real face da gerência da RLAM e de outras unidades da Petrobrás na atual gestão. A gerência usa o trabalhador de acordo com o seu interesse. O trabalhador pode acordar de madrugada e ir para a empresa fora do seu horário de trabalho, cumprindo ordens. Mas não pode demonstrar cansaço, senão é humilhado e demitido de forma dura e direta. Não há empatia, não há humanidade, nem organização ou competência na atual gestão da Petrobrás. Isso, fica cada vez mais claro.
A direção do Sindipetro Bahia vai cobrar a readmissão imediata do instrumentista e mais respeito com os trabalhadores terceirizados, que se dedicam e muito contribuem para o bom desempenho da RLAM.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia
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