FUP e Sindipetro- BA se posicionam contra a privatização da Bahiagás
agosto 7, 2023 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Para as entidades sindicais venda é um retrocesso que vai gerar prejuízos aos baianos e à Bahia
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba) vêm a público se manifestar contra qualquer tipo de manobra que possa resultar na privatização da Bahiagás. No ano passado, um edital da BAHIAINVESTE abrindo caminho para a venda da Companhia de Gás da Bahia havia sido publicado e tornado sem efeito em seguida. Mas no dia 04/11/2022, o mesmo edital foi republicado sem citar o nome da Bahiagás, o que, por si só já é estranho.
O fato é que a BAHIAINVESTE já anunciou a contratação do consórcio Genial (o mesmo que conduziu a privatização da Eletrobras e ESGás) e desde o mês de abril este consórcio tem trabalhado internamente, de forma ostensiva, dentro da Bahiagás, coletando informações e elaborando o projeto de privatização da empresa.
A Bahiagás, responsável pela distribuição de gás canalizado no estado, é a maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda maior do Brasil. Ao levar gás para locais que não interessaria a uma empresa privada levar, a Bahiagás possibilita ainda diversas intervenções de infraestrutura no Estado e é o principal patrocinador do setor artístico e cultural da Bahia, papel que só pode ser conduzido por uma empresa estatal.
A Bahia já foi muito castigada devido às privatizações indevidas como a da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), que antes pertencia à Petrobrás e foi vendida a preço abaixo do valor de mercado no governo Bolsonaro, prejudicando o povo baiano. Após a privatização da Rlam, a Bahia passou a ter os combustíveis – gasolina, gás de cozinha e diesel – mais caros do Brasil, se comparando apenas ao Paraná e Amazonas, onde as refinarias da Petrobrás também foram privatizadas.
Após comprar, no ano de 2022, as ações da Bahiagás, que pertenciam à Gaspetro (subsidiária da Petrobrás), o governo do Estado da Bahia, passou a ter 75,5% das ações ordinárias da Companhia e 58,5% do capital total e em apenas 8 meses a Bahiagás retornou aos cofres públicos 18% do capital investido.
Portanto, não faz sentido nenhum colocar à venda uma empresa lucrativa, considerada um exemplo de gestão pública bem sucedida e fundamental para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado da Bahia.
A FUP e o Sindipetro Bahia confiam que o governo da Bahia não vai permitir que seja dado prosseguimento à privatização da Bahiagás.
Diretori
a do Sindipetro Bahia