Fechamento do PTEC coloca em risco segurança na UO-BA
novembro 19, 2019 | Categoria: Notícia
A gerência da UO-BA anunciou para o dia 30/11 o fim do PTEC (Plantão Técnico), abrindo, assim, mais uma brecha para a precarização do trabalho e, consequentemente, assumindo o aumento dos riscos de acidentes nas unidades operacionais da Petrobrás.
O PTEC, composto por técnicos de segurança treinados tinha como finalidade garantir a integridade das pessoas e instalações da estatal.
Dividido por áreas – Sul e Norte – o plantão funcionava com 7 trabalhadores, que através da dedicação conseguiram elaborar simulados, inspeções, auditorias comportamentais e em emergências ambientais e combate a incêndio nas áreas, atuando, inclusive, no combate ao óleo que poluiu as praias no Sul da Bahia.
Ao que tudo indica a gestão da Petrobrás está caminhando a passos largos em direção a um passado distante e trágico: os anos de 1990 e inicio dos anos 2000 quando as reiteradas tentativas de privatização da Petrobrás levaram a estatal a ser protagonista de uma série de graves acidentes, a exemplo do afundamento da P-36.
Diante da decisão unilateral e absurda da gestão da empresa várias perguntas ficam sem respostas e devem ser respondidas. Qual o verdadeiro interesse do fechamento do Plantão? Um deles seria forçar a saída de trabalhadores do PTEC que já têm idade para ingressar no PDV? E o setor de emergência ficará nas mãos de uma empresa terceirizada?
É importante lembrar que há muitos problemas com os contratos na Petrobrás. Se o contrato da empresa apresentar problemas quem assume a emergência? Os trabalhadores serão chamados às pressas para tapar o buraco?
Para o Sindipetro Bahia o que fica demonstrado é que falta visão da gestão em relação à segurança e ela pode ser responsabilizada criminalmente em caso de acidentes uma vez que, de forma proposital, não age preventivamente.
Baixar os custos a qualquer preço não é o melhor caminho e o tempo provará isso. A gerência comprova que as ferramentas que a Petrobrás utiliza como Audicomp, auditorias, inspeções planejadas, “amigo do peito”, etc, foram cridas só para “inglês ver”.
Fonte – Sindipetro Bahia
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