Farsa de Bolsonaro não se sustenta: gasolina sobe e PIB cai
outubro 21, 2022 | Categoria: Notícia
Gasolina já aumentou 1,5% nas bombas e PIB de agosto é o menor desde março de 2021
[Da imprensa da FUP, com informações das agências de notícias]
Como os petroleiros vinham alertando, a queda do preço dos combustíveis, forçada por Jair Bolsonaro para se beneficiar no primeiro turno da eleição, não se sustenta. A bomba já está estourando antes mesmo do dia 30, quando será realizado o segundo turno.
Sem mexer uma vírgula sequer na perversa política de Preço de Paridade de Importação (PPI), o governo Bolsonaro pressionou a Petrobrás a anunciar reduções pontuais nos preços dos combustíveis, praticamente a cada semana, às vésperas do período eleitoral e durante todo o primeiro turno. Os petroleiros chegaram a batizar, ironicamente, essa manobra de PPL – Preço de Paridade Lula, pois cada vez que o candidato petista subia nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro articulava com a diretoria da Petrobrás o anúncio de uma redução nos preços da gasolina nas refinarias.
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Mas, enquanto o PPI continuar, essa manobra não se sustenta após a eleição e o preço dos combustíveis voltará a disparar nas refinarias, o que já está acontecendo nas bombas dos postos. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço médio do litro da gasolina vendido nos postos subiu na última semana, rompendo um ciclo de 15 quedas consecutivas.
O levantamento da ANP revela que o preço médio do litro do combustível avançou para R$ 4,86 na semana de 9 a 15 de outubro, uma alta de 1,46% frente à semana anterior (R$ 4,79). O valor máximo da gasolina encontrada nos postos foi de R$ 7,35 e vem de Balneário de Camburiu, em Santa Catarina, onde Bolsonaro teve 68,3% dos votos válidos no primeiro turno.
Ainda segundo a ANP, o etanol hidratado também aumentou de preço, passando de R$ 3,40 para R$ 3,46, uma variação de 1,76%. O diesel, por sua vez, sofreu uma queda ínfima de 0,15%, ao passar de R$ 6,52 para R$ 6,51 nos postos.
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A prova de que o povo segue se lascando no governo Bolsonaro é a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada também nesta segunda-feira, 17. O Índice de Atividade Econômica divulgado pelo Banco Central (IBC-Br) despencou 1,13% em agosto, em comparação a julho. Foi a maior queda desde março de 2021 e reflete o baixo nível de atividade econômica no Brasil, tanto da indústria, quanto do comércio varejista.
A professora e economista Juliane Furno explica o impacto desse tombo do PIB e compara com a situação de outros países:
Diversos economistas já haviam alertado para o efeito da bomba armada por Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes. Eduardo Moreira é um deles: “Eu estou cantando essa pedra há um tempão, dizendo que o governo tinha comprado um crescimento falso, tinha comprado inflação mais baixa também falsa, que ia durar poucos meses, e que estava fazendo uma bomba-relógio que iria estourar depois das eleições”. Veja abaixo sua postagem nas redes sociais: