Em ato na RLAM e em Taquipe, petroleiros discutem campanha reivindicatória e luta contra a privatização da Petrobrás
junho 2, 2022 | Categoria: Notícia
Mobilizações marcam a entrega da pauta de reivindicações à Petrobrás
Nem a forte chuva que caiu na Bahia no início da manhã impediu os trabalhadores de participar dos atos, em frente ao portão 1 da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e na unidade de Taquipe, nesta quinta (2), para marcar a entrega das pautas de reivindicações dos trabalhadores do Sistema Petrobrás à direção da estatal, feita pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
RLAM
Unificado, o ato aconteceu simultaneamente nas bases da FUP e da FNP em todo o Brasil. Na RLAM, a mobilização contou com a participação de 80 trabalhadores diretos da Petrobrás, lotados no turno e no administrativo da refinaria. Além dos dirigentes do Sindipetro Bahia e da FUP, representantes da FNP também participaram da mobilização.
A diretoria do Sindipetro falou sobre a continuidade da luta contra a privatização da Petrobrás e da necessidade de manter a união durante a campanha reivindicatória, que não será fácil, haja vista os ataques que vêm sendo feitos aos direitos dos trabalhadores pela atual gestão da Petrobrás, sob o governo Bolsonaro. Os direitos também falaram sobre a proposta da Acelen para que os trabalhadores saiam da Petrobrás e migrem para a empresa privada, o que a entidade sindical é contra. Eles também conversaram sobre a tabela de turno, cuja ação encontra-se no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após a Petrobrás recorrer da decisão do juiz, que contemplou a tabela de turno escolhida pelos empregados da RLAM, ou seja, 4×6 (quatro jornadas de trabalho seguidas por 6 folgas). O recurso será julgado na Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, no dia 13 de junho.
Taquipe
Na unidade de Taquipe, a mobilização, que contou com a participação de trabalhadores próprios e terceirizados, vai se estender até às 16h. Os trabalhadores conversaram sobre a campanha reivindicatória e sobre as formas de luta contra a venda da unidade de Taquipe. A área faz parte do Polo Bahia Terra, que está sendo negociado pela Petrobrás com um consórcio formado pelas empresas PetroRecôncavo e Eneva. Após o debate, os trabalhadores retornaram para as suas residências e não houve troca de turno.
Setoriais
O ato foi também o início de uma série de setoriais que o Sindipetro vai realizar na RLAM no decorrer do mês de junho para discutir diversos assuntos de interesse da categoria. Com a chuva, alguns trabalhadores não desceram dos ônibus e os diretores do Sindipetro aproveitaram para realizar pequenas setoriais, indo em cada veículo e conversando com os trabalhadores, inclusive os da Acelen e os terceirizados.
O Coordenador Geral do Sindipetro, Jairo Batista, chamou a atenção para a importância da construção dos comitês populares de luta e da brigada digital, “uma vez que a mudança necessária, que todos nós queremos para o Brasil, passa pela mudança deste governo atual”. Para ele “é preciso restabelecer a democracia e as condições para que possa se debater um modelo de país que inclua as pessoas, que dê oportunidade a todos e isso só é possível com um governo democrático e popular”, afirmou.
Jairo convocou os trabalhadores a participar ativamente destas eleições, envolvendo suas famílias, amigos e comunidade. “Precisamos ir além das discussões sobre as questões corporativas porque o momento exige isso. É preciso discutir as eleições para que seja possível pensar, inclusive, uma possibilidade para se criar caminhos para reestatizar a RLAM e restabelecer o controle das nossas riquezas nas mãos de quem, de fato, vai governar para o povo, proporcionando uma vida digna para a população brasileira, conforme é estabelecido na nossa Constituição Federal”, concluiu.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia