Em ação do preço justo do gás no subúrbio de Salvador, Sindipetro se depara com dura realidade
março 18, 2022 | Categoria: Notícia
Maioria das mulheres da comunidade cozinha a lenha porque não pode mais comprar o botijão de gás
Grande parte das mulheres, chefes de família, que participaram da ação do preço justo do gás realizada pelo Sindipetro Bahia na manhã desta sexta-feira (18), na base naval de Aratu, subúrbio ferroviário de Salvador, estavam há aproximadamente quatro meses utilizando a lenha, o carvão e até o álcool para cozinhar.
Elas não têm condições de pagar o valor do botijão que na região custa R$ 120,00 e viram na ação do Sindipetro, que vendeu o bujão pelo valor de R$ 50,00, uma grande oportunidade para, pelo menos, durante um ou dois meses voltar a cozinhar com o gás.
As 100 mulheres beneficiadas pela ação da entidade sindical foram pré-cadastradas pela Associação de Moradores do Bosque Imperial de Inema para participar da atividade. O critério utilizado foi a necessidade, a vulnerabilidade de cada uma delas.
Um exemplo é Chirle Silva, 44 anos. Ela que cria dois netos, conta que a situação está piorando a cada dia e se queixa dos aumentos constantes do preço do gás. “Eu estou utilizando a lenha para cozinhar porque realmente não tenho condições de comprar o botijão”.
Ana Claudia, 32 anos, dois filhos, desempregada, está na mesma situação. Ela esta cozinhando a lenha há dois meses e ficou muito feliz com ação do Sindipetro. “É uma grande oportunidade para a gente que não tem condições financeiras. Eu só tenho a agradecer ao sindicato”.
Para o Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, “é muito triste ver o que está acontecendo no Brasil. O nosso país tinha saído do mapa da fome e, agora, estamos vendo milhões de famílias sem ter o que comer”.
Ele conta que desde que a entidade sindical começou a realizar a ação do preço justo, há três anos, é visível a piora na vida das famílias brasileiras. Nos diversos bairros de Salvador e cidades do interior do estado por onde temos passado com a ação do preço justo podemos constatar o aumento da miséria”.
Com a ação do preço justo, o objetivo do Sindipetro, além da solidariedade, é fazer com que a sociedade entenda porque está pagando tão caro pelo botijão de gás, pela gasolina e diesel e despertar as pessoas para a necessidade de entrar na luta em defesa da Petrobrás, como empresa pública.
Outro objetivo é denunciar e tentar mudar a Política de Paridade de Importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro na Petrobrás, e com maior intensidade na Bahia pela Acelen, empresa do grupo árabe Mubadala que hoje administra a refinaria baiana. Esta política de preços faz com que os consumidores paguem a gasolina, gás e diesel pelo valor do dólar.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia