Editorial – O povo brasileiro precisa dar o “último recado” a Bolsonaro
agosto 6, 2021 | Categoria: Notícia
O governo Bolsonaro é um governo frágil, cujos únicos projetos são o de privatizar e defender os interesses dos ricos e do “mercado”. Para tirar o foco da sua incompetência ele ataca. A sua última investida é tentar impor a adoção do voto impresso e colocar em dúvida a eleição de 2022, ameaçando que não haverá eleição se o voto impresso não for adotado.
Na vida política há quase 30 anos, na maior parte deles sendo eleito através da urna eletrônica, Bolsonaro já entendeu que dificilmente será reeleito em 2022 e que pode perder exatamente para o candidato que foi preso pelo suspeito, então juiz, Sérgio Moro, sob falsas acusações, para que ele – Bolsonaro -, pudesse ganhar as eleições de 2018.
Lula é o favorito para 2022 e pode vencer até no primeiro turno. Por isso, Bolsonaro prepara o terreno para tentar fazer no Brasil o que o seu guru Trump tentou, sem sucesso, fazer nos Estados Unidos: desacreditar o sistema eleitoral e dar um golpe.
Após reiteradas notas de repúdio, pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tomou uma atitude prática. Os ministros do TSE decidiram, por unanimidade, instaurar inquérito administrativo e enviar notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente pelas declarações improcedentes de irregularidades no sistema eleitoral brasileiro e ainda pelas ameaças do gestor à realização das eleições.
Auditáveis e seguras, as urnas eletrônicas são utilizadas nas eleições do Brasil há 25 anos, sem registro de qualquer fraude. Então, não caia no golpe de Bolsonaro.
Não contribua para que o Brasil retroceda, pois o que o presidente quer, com o tal do “voto impresso”, é implantar o caos, criando uma real possibilidade de fraude nas eleições.
O projeto é dar vez aos milicianos e “coronéis” de controlar a escolha que as pessoas vão fazer nas urnas, abrindo, desta forma, o caminho para a volta do voto de cabresto e da compra do voto, pois o eleitor poderia ser obrigado a tirar uma foto do comprovante do seu voto. E isto não é difícil, pois nas últimas eleições circularam na internet várias fotos de eleitores de Bolsonaro empunhando armas na cabine de votação.
Bolsonaro disse que poderia convocar um movimento na Avenida Paulista, em São Paulo, para mandar um “último recado” ao presidente do TSE e ainda declarou a intenção de usar armas “fora das quatro linhas da Constituição” em mais uma clara ameaça de golpe. O ministro Luiz Fux presidente do TST reagiu cancelando o encontro que havia marcado entre os três Poderes, disse que Bolsonaro “não cumpre a própria palavra” e que continua divulgando “interpretações equivocadas de decisões” e colocando “sob suspeição a rigidez do processo eleitoral brasileiro”.
Sabemos que Bolsonaro não vai parar
Mas quem dará o último recado, seja através do impeachment ou nas urnas, a este presidente golpista, somos nós brasileiros.
Bolsonaro e seus seguidores extremistas não estão acima da Constituição, que em seu artigo 2º diz “que todo poder emana do povo”.
Como falso profeta, Bolsonaro mente, mas gosta de citar a Bíblia. Deveria saber que “Deus abomina a mentira e por isso não suporta a presença do mentiroso. O inimigo de Deus é descrito na Bíblia como o pai da mentira”.
Diretoria do Sindipetro Bahia
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