“É preciso amenizar a situação financeira da categoria, mas também evitar prejuízos futuros”, afirma o Conselheiro Deliberativo eleito da Petros, André Araújo
abril 7, 2020 | Categoria: Notícia
No dia 9 de abril acontece uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) onde, entre outras coisas, serão discutidas medidas emergenciais para amenizar os efeitos da crise causada pelo Covid-19.
O CNPC – órgão colegiado composto por representantes do governo e presidido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes – irá avaliar e deliberar sobre várias propostas que já foram por eles discutidas anteriormente.
Dentre elas destacamos as seguintes:
• Suspensão pelo prazo de 90 dias das contribuições regulares de participantes e patrocinadores
• Suspensão, pelo mesmo prazo, das contribuições extraordinárias dos equacionamentos dos planos que estão em vigor
• Possibilidade de resgate pelos participantes de 50% das suas contribuições voluntárias para os planos que têm essa possibilidade
• Ampliação dos prazos e volumes de empréstimos dos fundos de pensão aos participantes
Para o Conselheiro Deliberativo eleito da Petros, André Araújo, “as medidas têm o objetivo de amenizar a situação financeira das pessoas – principalmente daquelas que pagam o equacionamento – uma vez que o horizonte nos mostra o aprofundamento da crise econômica no país.
Mas para o conselheiro é preciso ter muita cautela nesse momento, “pois muitas dessas medidas podem acarretar problemas na liquidez e na solvência dos planos” alerta Araújo, informando ainda que a Petros está realizando estudos para analisar qual o impacto dessas medidas, caso sejam implementadas, na liquidez dos planos.
“É importante que todos nós fiquemos cientes que se as medidas forem implementadas não haverá o aporte mensal no plano por parte dos participantes e nem dos patrocinadores. Isso pode obrigar alguns planos a venderem seu patrimônio para fazer frente às despesas com os seus beneficiários, e nesse momento de crise vender qualquer imóvel pode acarretar em um grande prejuízo”, explica Araújo.
O conselheiro lembra também que caso seja suspenso, “esse pagamento terá de ser feito posteriormente, corrigido, muito provavelmente, pela taxa atuarial dos respectivos planos, o que pode, futuramente, gerar sérios problemas financeiros, pois além do retorno das contribuições normais, muita gente vai ter de arcar com o equacionamento e com essa despesa proveniente dos valores que foram suspensos, e, portanto, não foram pagos na época devida”, afirma.
Araújo também ressalta que os conselheiros da Petros estão trabalhando para tentar amenizar a situação financeira dos participantes e assistidos dos planos Petros. “O novo PED é uma prova concreta de que podemos sim construir outras alternativas, mas insisto na cautela para evitar prejuízos futuros. Estamos atentos e buscando formas conjuntas e viáveis para amenizar a situação financeira da categoria”.
Fonte – Sindipetro Bahia
Tags: CNPC, coronavírus, Petros