Um trecho do Boletim publicado pelo órgão aponta que as mulheres, que são a maioria da população, estão sub-representadas nos espaços políticos e de poder, e, por essa razão, é muito difícil colocar no debate legislativo as questões femininas. Nas eleições de 2022, mesmo com o aumento das candidaturas femininas – 33,3% de registros a mais nas esferas federal, estadual e distrital, segundo a Agência Senado -, apenas 302 mulheres, no total, conseguiram se eleger para a Câmara dos Deputados, o Senado, Assembleias Legislativas e governos estaduais, enquanto o número de homens eleitos chegou a 1.3941.
A baixa participação das mulheres na política e nos espaços de liderança inviabiliza as pautas temáticas sobre gênero, dificultando mudanças. É necessário criar condições objetivas de participação feminina em todos os espaços de atuação, que levem em conta horários e a vida familiar, a maternidade, sem que as mulheres sejam obrigadas a escolher entre carreira, política ou família.
Clique e acesse:
– Boletim Mulheres no mercado de trabalho: desafios e desigualdades constantes
https://www.dieese.org.br/boletimespecial/2024/mulheres2024.pdf
– Infográfico Brasil e regiões: Mulheres – inserção no mercado de trabalho
https://www.dieese.org.br/infografico/2024/mulheresBrasilRegioes.html
A base de dados utilizada nos dois materiais foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.