Dia do trabalhador na Bahia
maio 2, 2019 | Categoria: Notícia
Na capital e no interior o 1º de maio Unificado da Classe Trabalhadora reuniu dirigentes e militantes CUTistas, das demais centrais, de partidos de esquerda e representantes de movimentos sociais que em suas falas denunciavam a violação de direitos dos trabalhadores e em unanimidade incentivavam a resistência típica do guerreiro povo brasileiro, e faziam o chamamento para greve geral. Os trabalhadores que ouviam atentos, nesse momento aplaudiam e davam gritos de incentivo, inúmeras demonstrações que apoiavam em consenso a greve geral nacional marcada para o dia 14 de junho.
“ Fazemos o primeiro de maio não só para ouvir música e dançar, mas para denunciar o desmonte do país, a destruição dos programas e projetos sociais, o fim do ensino público, é por isso que dizemos não a reforma da previdência, a economia que querem fazer de um trilhão é em cima dos 85 % dos mais pobres da população. A política de sucatear o ensino público no país dialoga com o desemprego, pois o governo atual é voltado para os ricos e para eles, pobres e desempregados não podem estudar porque não tem empregos. Então, realizamos esse primeiro de maio para toda sociedade e na unidade, aprovar a data da greve geral no dia 14 de junho”, afirma Cedro Silva, Presidente da CUT Bahia.
O secretário geral da CUT Bahia, Leonicio Maciel também afirma que agora é greve geral. “Esse é um ato de grande importância para classe operária pois não estamos comemorando o dia do trabalhador, estamos lutando para uma previdência social digna para ao trabalhador do Brasil. Não vamos aceitar o que Bolsonaro está tentando fazer, acabar com os direitos da classe trabalhadora e com as entidades sindicais. As entidades sindicais são fortes e vão reagir em todo o Brasil, rumo a greve geral em todo o Brasil”, destaca.
O Dia do Trabalhador na Bahia demonstrou que mesmo com níveis alarmantes de desempregados no país, que alcança 13,4 milhões de pessoas desempregadas, não amedronta o povo, que quer reagir, unir forças nas ruas para lutar contra essa triste realidade e a retirada de direitos.
Ao som das bandas Tambores de Búzios, Catadinho do Samba, Pisa Macio e Filomena Bagaceira, o povo levantavam faixas com os dizeres “Lula Livre”, “quero me aposentar” e sempre em apoio à greve geral.
Para o diretor da CUT Bahia e do Sindicato dos Rodoviários Ubirajara Sales o dia é mais de luta. “Hoje o trabalhador não tem muito o que comemorar com esse governo que está aí querendo tirar um direito básico dos trabalhadores que é de se aposentar, é um dia de todos os trabalhadores e trabalhadoras se unirem dizendo não a esse governo e sim a nossa aposentadoria”, incentiva o dirigente CUTista.
Já vice-presidente do Sincotelba e dirigente da CUT Bahia, Shirlene Souza lembra da venda das estatais que estão em curso. “ A privatização dos correios já demonstra que esse governo não se importa com o emprego dos trabalhadores e a proposta da reforma da Previdência é mais uma confirmação que ele só quer retirar os direitos dos pobres para beneficiar os mais ricos, só nos resta a greve geral para barrar esses abusos”, destaca.
Um dos principais alvos dos protestos e manifestações foram os ataques a educação pública e seu desmonte, dirigentes da APUB alertaram para mais esse retrocesso e neste momento reafirmando o Dia Nacional de Luta no dia 15 de maio, quando terá início o dia nacional de mobilização dos profissionais em educação.
O Ato em Salvador, contou com a participação de políticos de partidos de esquerda como o senador Jacques Vagner ( PT), o vice – presidente do PT, Martiniano Costa, Deputada Federal Alice Portugal (PT), a deputada estadual Olivia Santana ( PC do B), deputada federal Lídice da Mata ( PSB), deputado federal Nelson Pelegrino ( PT), deputada estadual Maria Del Carmen (PT), deputado estadual Osni Cardoso (PT), entre outros.
As cidades do interior também demonstraram a grade capacidade de mobilização com atos em Feira de Santana Praça José Falcão, na Cidade Nova, Camaçari, Santo Antônio de Jesus.
Em Salvador, o sábio comerciante Edmundo Santos, 59 anos que há 30 anos vende caldo de cana na Barra, olhava atento toda a movimentação do ato do dia do trabalhador e afirmou: “ o povo precisa acordar, estou nessa idade e nem sei se agora vou me aposentar, diminuiu minhas vendas e o prefeito ainda quer me tirar aqui da Barra que é bairro de rico, e eu vou viver de que? Com Lula não era assim, eu vivia melhor, com mais dinheiro no bolso para meu sustento, era mais tranquilo. Tomara que Lula seja solto e volte logo, para os trabalhadores terem uma vida melhor”, reflete.
Agora é luta, vamos todos construir a Greve Geral que começa com a solidariedade das classes com todo apoio a greve dos professores no dia 15 de maio.
Não a reforma da previdência e Lula Livre
Fonte: CUT Bahia
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