Demitidos, trabalhadores da empresa de calçados Paquetá protestam e reivindicam pagamento integral das verbas rescisórias e liberação do FGTS
maio 18, 2020 | Categoria: Notícia
Em meio à pandemia da covid-19, a Paquetá, empresa especializada em calçados femininos, que funciona no município de Ipirá, na Bahia, demitiu 200 trabalhadores, pagando pela metade as verbas rescisórias, cujo valor ainda foi parcelado.
Sem o dinheiro para pagar suas contas, os trabalhadores também não tiveram o seu FGTS liberado. Isso porque por um erro da empresa que denominou as demissões como “força maior”, a Caixa Econômica Federal não liberou os valores do FGTS e nem da multa de 40%. Os recursos estão bloqueados.
O Sindical – Sindicato dos Trabalhadores de Calçados de Ipirá e região – já fez inúmeras cobranças para que a Paquetá regularizasse a situação dos trabalhadores. Sem resposta positiva, o sindicato resolveu realizar uma manifestação na porta da empresa na última sexta-feira (15). “A empresa quer colocar a conta da crise no colo do trabalhador, está se aproveitando desse momento de pandemia para preservar seus lucros e interesses, sem pensar naqueles que são os responsáveis por esse lucro, ou, seja, os trabalhadores. Além de demitir, não paga os direitos dos empregados”, diz a presidenta do Sindical, Arlete da Silva Santos, ressaltando que vai ingressar com denúncia no Ministério Público do Trabalho. Ela também afirmou que outras manifestações podem acontecer para garantir o pagamento dos direitos dos trabalhadores e pela manutenção dos empregos dos que continuam na fábrica.
A diretoria do Sindipetro se solidariza com o Sindical e com os trabalhadores de calçados, lembrando que a luta de um trabalhador por melhores condições de trabalho e garantia de direitos é a luta de toda a classe trabalhadora.
Fonte: Sindipetro Bahia
Tags: coronavírus, Covid-19, direitos do trabalhador, pandemia