Covid- 19 – Vídeo comprova denúncias do Sindipetro Bahia e mostra que não adiar parada de manutenção da RLAM é erro grave
março 1, 2021 | Categoria: Notícia
A direção do Sindipetro Bahia continua recebendo denúncias dos trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves sobre o aumento do número de empregados infectados pela Covid- 19 e sobre a falta de prevenção e de adoção de cuidados de acordo com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na tarde dessa segunda-feira (01), o sindicato recebeu um vídeo que comprova as denúncias e mostra a “bomba relógio” plantada pelo corpo gerencial da RLAM nas áreas da refinaria.
No vídeo é possível ver dezenas de trabalhadores de uma empresa contratada – a Serv-, aglomerados no horário de saída do expediente, no portão 3 da RLAM.
Para o Sindipetro “a imagem mostra a falta de cuidado da gerência da RLAM com os funcionários contratados, pois, preocupada apenas com o lucro, exige das terceirizadas a presença do efetivo total de trabalhadores, o que leva a esse tipo de aglomeração, principalmente no horário de saída do expediente, quando, deveria haver, mas não há escalonamento para bater o ponto eletrônico”.
“Essas são atividades de rotina de uma das muitas empresas terceirizadas que prestam serviço na refinaria. Observem que a parada de manutenção – que vai trazer entre 1.500 a 2.000 pessoas a mais para dentro da refinaria – nem começou. Não é difícil prever o futuro, nesse caso: mais contaminados, mais doentes e talvez mortos”, lamenta o funcionário da Landulpho Alves, Deyvid Bacelar, que também é Coordenador Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Na semana passada, em reunião com o Sindipetro Bahia, a gerência da RLAM, não atendeu ao pedido da entidade sindical de adiar a parada de manutenção da refinaria marcada para começar no dia 15/03.
Conforme denúncias dos trabalhadores o crescimento dos casos de coronavírus na refinaria vem acontecendo desde o dia 17/02 (véspera da greve da categoria), quando o Gerente Geral da RLAM autorizou a entrada, sem nenhum tipo de controle sanitário, de trabalhadores próprios e terceirizados na unidade, colocando até três turmas de operadores nas CCLs, dormindo em colchões no chão e em ambiente fechado.
“A situação é gravíssima. Os trabalhadores, próprios e terceirizados, estão com medo de morrer”. Toda essa angústia vem sendo passada por eles através das inúmeras denúncias que têm chegado ao Sindipetro.
O sindicato está encaminhando denúncia contra a RLAM ao Ministério Público do Trabalho, ao Centro de Saúde do Trabalhador da Bahia (Cesat) e à Superintendência Regional de Trabalho e Emprego, para que os órgãos públicos competentes tomem conhecimento dessa grave situação, e no uso de suas atribuições possam garantir o adiamento da parada de manutenção.
Fonte- Sindipetro Bahia