Com saúde e segurança não se brinca. Entendeu Petrobrás?
junho 12, 2019 | Categoria: Notícia
Respaldadas pela rejeição massiva da categoria petroleira à contraproposta indecente apresentada pela Petrobrás e suas subsidiárias, a FUP e a FNP participaram nesta terça-feira, 11, da primeira rodada de negociação, que teve como temas AMS e SMS. Os petroleiros deram o tom da reunião e enfatizaram que a tentativa de desmonte do Acordo Coletivo é uma disputa política que os gestores estão fazendo com a categoria e suas organizações sindicais, cuja resposta os trabalhadores já deram nas assembleias: greve.
As federações cobraram a retomada das negociações da PLR e a suspensão imediata da cobrança extra da AMS, que a Petrobrás impôs goela abaixo dos trabalhadores, sem sequer discutir de forma transparente o custeio do programa com as representações sindicais.
O direito à vida, com condições seguras de trabalho, foi veementemente defendido pelas direções sindicais, que refutaram a intenção da Petrobrás de reduzir a pó o capítulo de SMS do Acordo Coletivo, mantendo na íntegra apenas três das atuais 18 cláusulas. “Estamos lutando pela segurança do trabalhador, para que ele entre e saia da empresa com vida e saúde. E nessa disputa, estamos de um lado da trincheira e a gestão do outro”, ressaltaram os petroleiros, condenando a política punitiva imposta pela direção da Petrobrás, que criou um clima policialesco, aumentando os riscos de acidentes e a subnotificação.
As direções sindicais questionaram a ausência do gerente executivo de SMS na reunião, comportamento que já vinha sendo adotado na Comissão de SMS e que reforça a intenção da gestão da empresa de alijar os sindicatos desse debate e deixar o caminho livre para punições e retrocessos inaceitáveis na política de segurança.
As rodadas de reuniões com a Petrobrás prosseguem nesta quarta-feira, 12, quando serão discutidas questões relacionadas à remuneração e demais pontos do Acordo Coletivo.
A FUP e a FNP reforçam a importância da participação da categoria na greve geral de sexta-feira, dia 14. “É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás entendam que não estão imunes à avalanche de ataques que o povo vem sofrendo com o governo Bolsonaro. A participação dos petroleiros e petroleiras na greve geral se faz necessária, não só para avançar nos nossos direitos, como também pela preservação da Petrobrás como empresa estatal e voltada para o desenvolvimento do país”, ressaltam.
[FUP]
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