Com receio de calote, trabalhadores da empresa Epman paralisam atividades na UN-BA
julho 15, 2021 | Categoria: Notícia
Os trabalhadores da empresa Epman, que prestam serviços na Unidade de Negócios (UN-BA) da Petrobrás na Bahia, decidiram, em assembleia que aconteceu na noite da quarta-feira (14), suspender todas as atividades a partir desta quinta-feira (15).
Eles cruzam os braços porque ainda não receberam o salário e o ticket alimentação do mês de junho e estão impedidos de usar o plano de saúde, pois este foi suspenso por falta de pagamento.
A Epman é a mesma empresa que deu calote em 700 trabalhadores, que participaram da parada de manutenção da Refinaria Landulpho Alves (Rlam). “A preocupação é o que o mesmo aconteça neste contrato da empresa com a UN-BA”, afirma o Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
Por isso, continua ele, “o sindicato vai entrar com ação na justiça, solicitando o bloqueio dos recursos da Epman para que o valor devido seja direcionado ao pagamento dos salários e demais direitos dos trabalhadores”. Ele informou também que a entidade sindical já enviou ofício notificando a Petrobras, solictando informações sobre os valores retidos e informando sobre a paralisação dos trabalhadores deste contrato.
O receio, segundo o sindicalista, é que aconteça mais um calote de uma empresa contratada da Petrobras, causando imenso dano aos trabalhadores e prejudicando também a estatal, que tem de lidar com a interrupção dos serviços em suas unidades.
Para Radiovaldo, estes problemas que vêm acontecendo com frequência nas empresas terceirizadas, são frutos de um modelo de terceirização falido. “O caso da Epman é apenas mais um dos milhares que acontecem no Brasil afora, mostrando uma forma de terceirização fracassada, pois as empresas fecham contratos irreais, que não conseguem cumprir, quebram e dão calote nos trabalhadores. Por sua vez, as contratantes substituem o serviço pelo de outra empresa e assim sucessivamente.
A lei nº 13.429/2017, que permite a terceirização ilimitada, irrestrita, sem qualquer regulamentação, atingindo, inclusive as atividades fins das empresas, foi sancionada pelo presidente Michel Temer em 31/03/2017.
Clique aqui para ler o ofício enviado pelo Sindipetro à Petrobrás
Fonte- Imprensa Sindipetro Bahia
Tags: calote, EPMAN, paralisam atividades, Trabalhadores, UN-Ba