Cerca de 70 mil pessoas ocupam as ruas do centro de Salvador em defesa da educação; os petroleiros estavam lá
maio 15, 2019 | Categoria: Notícia
A educação resiste. A prova disto foi dada na manhã dessa quarta-feira, 15/05, por milhares de pessoas – cerca de 70 mil, segundo os organizadores do ato – que tomaram as ruas do centro de Salvador.
Uma multidão a perder de vista: estavam lá, estudantes – universitários e secundaristas – de instituições públicas federais, estaduais e municipais, de escolas técnicas e particulares, professores e servidores da educação, representantes da juventude, de movimentos sociais, da comunidade indígena e também da quilombola. E ainda representantes de sindicatos, centrais sindicais e parlamentares. Uma grande diversidade, representando bem o povo brasileiro.
Os petroleiros também se juntaram às milhares de pessoas que caminharam do Campo Grande à Praça Castro, portando faixas e entoando gritos de guerra em defesa da educação. Os petroleiros, vestidos com os seus jalecos laranja, lembraram a importância da Petrobrás para a educação. “É muito triste pensar que alguns anos atrás tínhamos um país soberano, com a descoberta do Pré-Sal e tudo o que essa riqueza ia significar para o Brasil como mais investimento na saúde e educação. Hoje, assim como acontece na Petrobrás, estamos assistindo ao desmonte da educação. Não podemos permitir que isso aconteça”, afirmou o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.
A bandeira de luta era comum a todos e todas: a defesa da educação brasileira que vem sendo atacada por Bolsonaro. O governo anunciou cortes de 30% nas verbas das universidades públicas, que atingem em cheio recursos destinados ao pagamento de luz, água e infraestrutura em geral.
Inimigo da educação, dos trabalhadores e dos estudantes, Bolsonaro afirmou ainda que não fará investimentos nas áreas de humanas, além de ter cortado, de forma generalizada, milhares de bolsas de pesquisas, inviabilizando o funcionamento de muitas universidades e prejudicando a produção de conhecimento e de pesquisas.
Houve corte também nos institutos federais e na educação básica, apesar do governo ter dito anteriormente que essa área seria uma das suas propriedades. Além da perseguição ideológica às universidades e ao livre pensamento.
As manifestações ocorrem em todo o país.
Fonte – Sindipetro Bahia
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