Ato na Bahia marca os 80 anos do Campo de Candeias e da indústria do petróleo no Brasil
dezembro 14, 2021 | Categoria: Notícia
Com homenagens aos petroleiros pioneiros que em 1941 abriram caminho a facão em meio ao mato alto, passando por extensas áreas de mangue, para instalar, na Bahia, o primeiro campo comercial de petróleo do Brasil, foi realizado nesta terça-feira (14) um ato em comemoração aos 80 anos do Campo de Candeias e da indústria de petróleo no Brasil.
A mobilização aconteceu nas proximidades do Campo de Candeias, no Trevo dos 50, na BA 522 e reuniu trabalhadores próprios e terceirizados da Refinaria Landulpho Alves, Transpetro (Temadre) e UO-BA. Além da diretoria do Sindipetro Bahia, estavam presentes diretores da Aepet, Astape e Abraspet. Também compareceram ao ato, o diretor do Sindipetro Litoral Paulista, Gilberto Campos, o secretário geral da FNP, Adaelson Costa e o vice-presidente da CUT Bahia, Leonardo Urpia.
Durante três horas, das 7h às 9h, as lideranças sindicais se revezaram ao microfone para falar da história e importância do Campo de Candeias, que deu inicio ao sonho da soberania nacional brasileira a partir da comercialização do petróleo.
Também foram lembrados os petroleiros que deram inicio a esta saga que levou à construção de outros campos de petróleo Brasil afora, de refinarias e à criação da Petrobrás em 1953. “Anônimos, estes trabalhadores enfrentaram muitos obstáculos em um ambiente de trabalho precário, utilizando os próprios capacetes como pratos para poder se alimentar e sem assistência médica ou outros tipos de direitos que hoje parte da categoria vê com naturalidade, como se sempre tivessem existido”, destaca o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, lembrando da luta e organização dos petroleiros e das suas entidades sindicais que transformou esta categoria em uma das mais respeitadas do país”.
O conhecimento técnico exportado pelos baianos para que futuramente fosse possível descobrir e explorar novos e importantes campos de petróleo no Brasil também foi lembrado pelos presentes. A diretora do setor financeiro do Sindipetro, Elizabete Sacramento ressaltou o papel das mulheres na construção da indústria do petróleo no Brasil, destacando as lutas travadas para se impor em um ambiente tradicionalmente masculino”.
Luta pela reestatização
Hoje, o Campo de Candeias, berço da comercialização do petróleo no Brasil, não pertence mais à Petrobrás. Foi vendido pelo governo Bolsonaro à empresa 3R Petroleum, assim como foram vendidos outros campos de produção e exploração de petróleo e gás da Bahia e de outros estados. E ainda a Refinaria Landulpho Alves, o Temadre e muitas termelétricas.
A venda das unidades da Petrobrás, seu desmonte na Bahia e a ameaça do governo Bolsonaro de privatização total da estatal foram motivos de preocupação externados nas falas dos sindicalistas. “A nossa luta é para ter de volta tudo o que foi privatizado por este governo entreguista. Não descansaremos até alcançar este objetivo. Estamos aqui marcando posição em defesa da nossa história, do nosso patrimônio e da nossa luta”, afirmaram.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia
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