Ato em defesa da Petrobrás na Bahia reuniu cerca de 1.500 pessoas na ALBA
setembro 23, 2019 | Categoria: Notícia
O auditório da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) ficou pequeno para abrigar o grande número de pessoas que compareceram ao Ato em Defesa da Petrobrás na Bahia, na manhã dessa segunda-feira (23). Foram cerca de 1.500 pessoas entre petroleiros, prefeitos, deputados, vereadores, senador, representantes de movimentos sociais e moradores de cidades, cuja economia depende dos investimentos da Petrobrás.
A maior parte das pessoas teve de ficar do lado de fora, pois não havia espaço para todos, o que acabou gerando a realização de dois atos: um no auditório e outro na porta da ALBA.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, entregou uma carta ao presidente da ALBA, Nelson Leal, solicitando o apoio da Assembleia e de todos os seus deputados na luta em defesa da permanência da Petrobrás na Bahia.
O objetivo do Sindipetro é buscar ações concretas e rápidas para impedir o desmonte da estatal no estado, explicou o coordenador.
Em sua fala, o ex-diretor de produção e exploração da Petrobras, um dos responsáveis pela descoberta do pré-sal, Guilherme Estrella, foi enfático: “retirar a Petrobras da Bahia é um crime contra a história do Brasil. A Bahia é simbólica, nessa terra estão as raízes da Companhia. A Petrobras foi fundada por causa do petróleo baiano”. Estrella afirmou ainda que a Bahia também é muito importante no tocante ao aprendizado, pois foi “a partir do que aprendemos nos campos terrestres baianos que conseguimos desenvolver a tecnologia em águas profundas e ultra profundas na Bacia de Santos”.
Para o Senador Jaques Wagner “nós baianos, nós nordestinos que fomos os responsáveis pela primeira refinaria que acabou de completar 69 anos – a RLAM- (que foi criada antes da existência formal da Petrobras), nós temos uma dupla responsabilidade: não é só defender os empregos, as famílias e a unidade familiar, que está sendo destroçada, nós temos de defender a chance do Brasil ser um país soberano, altaneiro e com a sua gente efetivamente próspera e feliz”.
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, foi bastante objetivo: “estamos diante de uma disputa que não tem mais espaço para dúvidas. Ou se está do lado da permanência da Petrobrás na Bahia ou se está contra a empresa no estado”.
Participaram do ato, os deputados Fabíola Mansur, Fátima Nunes, Hilton Coelho, Jacó, Maria Del Carmen, Nelson Leal, Neusa Cadore, Niltinho, Olívia Santana, Osni Cardoso, Robinson Almeida e Rosemberg Pinto.
Também estiveram presentes os deputados federais, Nelson Pelegrino, Joseildo Ramos e Lídice da Mata.
Além do ex-presidente da Petrobras, o economista José Sérgio Gabriellli, o pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (INEEP), William Nozaki e o Chefe de Gabinete da Serin, Jonival Lucas, representando o governo do estado.
Os prefeitos das cidades de Catu, Alagoinhas, Entre Rios, Cardeal da Silva e Araças também participaram do ato. Assim como vereadores, moradores e petroleiros das cidades de Alagoinhas, Catu, Cardeal da Silva Araças, Madre de Deus, Cardeal da Silva, Entre Rios, Esplanada, Pojuca, e São Sebastião do Passé.
Resoluções
Conheça algumas das resoluções tiradas ao final do ato:
O presidente da ALBA, Deputado Nelson Leal, anunciou a articulação para a criação de uma Frente Parlamentar das Assembleias Legislativas em todo o Nordeste em Defesa da Petrobras.
O deputado federal Nelson Pelegrino, fez as seguintes sugestões, que serão colocadas em prática:
– Criação de uma Comissão composta pela Bancada Federal baiana, Alba, Governo do Estado e Centrais Sindicais.
– Ida da Comissão em todos os gabinetes dos deputados estaduais e federais e senadores para expor as resoluções desse ato
– Audiência com o governador Rui Costa e com todos os prefeitos
O deputado informou ainda que já está sendo solicitada reunião com o presidente da Petrobras para discutir as consequências desse desmonte para o Nordeste.
No final do ato, os petroleiros saíram em caminhada em direção ao prédio do Tribunal de Justiça (TRF1) para protestar e cobrar uma solução para o problema da cobrança do equacionamento.
Fonte – Sindipetro Bahia
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