Aposentados baianos vão a Brasília protestar contra resolução que impede custeio 70×30 da AMS por parte da Petrobrás
dezembro 1, 2023 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Um grupo de petroleiros aposentados da Bahia viajou até Brasília para participar de um grande ato organizado pelas entidades fupistas no dia 29 de novembro. O objetivo do protesto era exigir o fim da Resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que impede a Petrobrás de alterar o atual custeio do plano de saúde (AMS) da categoria petroleira de 60×40 para 70×30.
Os participantes percorreram aproximadamente 3 mil quilômetros desde Salvador em uma excursão organizada pelo Sindipetro-Ba, demonstrando sua determinação em lutar pelos seus direitos. Ao chegarem em Brasília, juntaram-se a outros manifestantes em frente ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, onde expressaram sua indignação com a resolução que impacta diretamente suas vidas.
O Diretor do Sindipetro-Ba, Climério Reis (Mero), esteve presente na excursão e destacou a união e organização dos aposentados: “Nós nos unimos e fomos lá para poder derrubar a resolução da CGPAR e felizmente conseguimos realizar um grande evento, a ponto de que agora a CGPAR vai ser analisada”, explicou.
A expectativa é que no dia 1º de março a categoria receba uma resposta sobre o fim dessa resolução. Caso não ocorra uma solução favorável, o grupo está determinado a realizar o mesmo movimento na porta da entidade em Brasília, aumentando ainda mais a pressão pela reversão da medida.
A Resolução 42 da CGPAR, editada em 2022 pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), impede que a Petrobrás faça qualquer mudança no custeio dos planos de saúde. Essa restrição coloca os aposentados em uma situação desfavorável, uma vez que a empresa não tem autonomia para ajustar o custeio de acordo com as necessidades da categoria. Diante dessa realidade, a pressão política exercida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos se torna fundamental para reverter essa situação.
Vale ressaltar que a Petrobrás já sinalizou sua disposição em retomar o custeio 70×30 na AMS, desde que haja uma modificação na resolução por parte da Sest. Como a própria empresa afirmou ter condições de arcar com essa mudança, fica evidente que a decisão da Sest vai além de critérios técnicos, sendo também uma questão política. Portanto, é crucial que a categoria mantenha a pressão e mobilização para garantir o retorno do custeio anterior e assegurar os direitos dos petroleiros.
Confira alguns registros por Luis Brasil
