Após aprovação da indicação de Jean Paul Prates para a presidência da Petrobrás, Sindipetro cobra volta dos investimentos da estatal na Bahia
janeiro 26, 2023 | Categoria: Notícia
Entidade sindical também quer negociar demandas da categoria petroleira
A direção do Sindipetro Bahia, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a categoria petroleira, parabenizam o senador Jean Paul Prates, que teve seu nome aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Administração da Petrobrás para assumir o comando da petrolífera brasileira. Ao mesmo tempo revelam grandes expectativas em relação à nova direção da estatal. A maior delas é o fim do desmonte e a retomada do investimento na empresa pública para que ela volte a ser forte, integrada e que atenda não só aos interesses dos seus acionistas, mas também, e principalmente, aos interesses do povo brasileiro.
A Bahia foi muito prejudicada durante o governo nada republicano de Bolsonaro, levando o estado e muitos de seus municípios a perder receitas e à demissão de centenas de trabalhadores. Por isso, a entidade sindical defende que a nova gestão da Petrobrás coloque em prática, de forma imediata, algumas ações.
Entre elas mais investimentos e o fim da privatização do Polo Bahia Terra, assim como a celeridade na correção dos problemas identificados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) para que o Polo retome a operação. Defende ainda a retomada da indústria naval na Bahia através da reativação do Canteiro de São Roque do Paraguaçu para que as plataformas de petróleo voltem a ser construídas em solo brasileiro, impulsionando a economia e gerando mais empregos. Outra urgência é dar fim ao gasto desnecessário imposto pelo governo Bolsonaro à Petrobrás ao alugar salas no edifício Suarez Trade Center, em Salvador, e continuar pagando o aluguel do Edifício Torre Pituba, mantendo-o desocupado, por uma questão ideológica. O Sindipetro quer a reativação do Torre Pituba e a volta dos funcionários ao local, que hoje encontra-se abandonado e sem manutenção.
Repensar o papel da Petrobrás
Para o Sindipetro é urgente repensar o papel da Petrobrás na Bahia, berço do seu nascimento e também do início da sua destruição. O estado baiano, onde foi descoberto o petróleo, responsável por atividades que iam do poço ao posto, hoje tem um único ativo direto da Petrobrás, o Polo Bahia Terra, que também foi colocado à venda pelo governo Bolsonaro. O restante, inclusive a segunda maior refinaria do Brasil em capacidade de produção, a RLAM, foi vendido pelo governo de extrema direita, que, felizmente, perdeu as eleições nas urnas.
Em um cenário de terra arrasada, o Sindipetro sabe que não será fácil a reconstrução, mas trabalhará para que ela possa ser feita, atendendo, inclusive, a um grande rol de demandas da categoria petroleira, frutos das mazelas criadas pelo governo Bolsonaro e que a entidade sindical pretende resolver através da negociação que será retomada com o novo governo, pois essa palavra não constava no dicionário do governo anterior.
Entidades estão atentas às demandas da categoria
Portanto, a categoria pode ficar tranquila porque a FUP e o Sindipetro Bahia estão atentos a todos os problemas e vão buscar uma solução para que seja possível resolver, se não todos, mas a maioria.
Um dos primeiros da lista é o problema do equacionamento, pois o Sindipetro tem ciência do impacto desta medida para milhares de aposentados e pensionistas. Também será tratada a questão da transferência de trabalhadores para outros estados, que aconteceu de forma autoritária, sem qualquer diálogo. À medida que a Petrobrás seja repensada e que seu papel e atuação nas diversas regiões do país sejam reestudados, pode haver o retorno de todos ou de grande parte dos petroleiros para o seu local de origem.
O Sindipetro_BA e a FUP vão tratar também, através da negociação, dos problemas que envolvem a Petros, a dívida da AMS, a questão do 70×30, buscar melhora no atendimento da AMS e liberação de procedimentos médicos. Outro ponto a ser tratado será o escalonamento dos empréstimos da Petros, uma reivindicação que não foi atendida durante o governo Bolsonaro.
Constam ainda nos principais pontos de pauta, a PLR, o PPP, o home office, as punições contra trabalhadores da ativa e a recuperação dos direitos da categoria petroleira (ativo, aposentado, pensionista, terceirizado e trabalhador do setor privado de petróleo).
Serão discutidas também pautas especificas dos trabalhadores terceirizados, um segmento que foi extremamente prejudicado pelo governo anterior. O Sindipetro quer um novo modelo de contratação que preserve os direitos destes trabalhadores, assim como o retorno da assistência médica para os seus dependentes, entre outras reivindicações.
A partir da eleição do governo democrático e popular de Lula e agora, com a confirmação do nome de Jean Paul Prates na presidência da Petrobrás, dá-se início a um novo ciclo repleto de esperança, onde passa a imperar o respeito, abrindo espaço para um ambiente favorável à negociação.
Fonte – Da Imprensa do Sindipetro Bahia