Acelen realiza “blitz” para capturar dirigentes sindicais
junho 3, 2022 | Categoria: Notícia
Gestão da refinaria privatizada tem mostrado postura autoritária e antissindical
Na Bahia há pouco menos de sete meses, a empresa Acelen, do grupo árabe Mubadala, que hoje administra a Refinaria Landulpho Alves, já vem mostrando uma postura autoritária e antissindical. Na última quinta-feira (2), durante o ato nacional unificado que dava início à campanha reivindicatória da categoria petroleira em todo o país e que protestava contra o plano de privatização da Petrobrás, a gestão da Acelen tentou barrar a entrada de dirigentes do Sindipetro Bahia ao acesso onde historicamente o sindicato realiza setoriais e assembleias com os trabalhadores.
A Acelen protagonizou uma blitz antissindical. E esta não foi a primeira vez que a direção da empresa adotou este tipo de conduta. Numa setorial anterior, o Coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, também havia sido barrado pela segurança patrimonial por ordem da empresa no mesmo portão. Assim como no dia 02/06, a atividade que o coordenador da FUP realizaria na RLAM era, também, uma setorial que não impacta nas atividades da refinaria, mas mesmo assim a Acelen tentou colocar dificuldades ao acesso do sindicato à categoria.
O que ficou explícito na “blitz” do dia 2 foi que somente os dirigentes sindicais e seus veículos foram barrados no portão 1, apesar da alegação do chefe da segurança da Acelen de que o objetivo seria barrar pessoas desconhecidas.
O Sindipetro não vai tolerar este tipo de conduta autoritária. Os petroleiros, juntamente com o seu sindicato, já enfrentaram muitos ataques no governo de FHC, como enfrentam agora os que têm sido feito por Bolsonaro. Também não baixaram a cabeça durante os anos de horror da ditadura militar. Portanto, recomendamos que a direção da Acelen repense este tipo de atitude que não cabe nas relações institucionais e sindicais de nenhuma empresa.
Teremos um longo caminho de luta para anular estes retrocessos ideológicos trazidos por quem, a pretexto de lucrar, intervém nas estruturas e dificulta a organização de trabalhadores e trabalhadoras.