300 mil mortes pela Covid-19 entre eles petroleiros e petroleiras, baianos e baianas
março 24, 2021 | Categoria: Notícia
Brasil amanhece hoje com uma notícia trágica, infelizmente, uma catástrofe anunciada, as mortes decorrentes pela Covid-19 devem bater a terrível marca de 300 mil óbitos. O mais estarrecedor é saber que um percentual relevante dessas mortes poderia ter sido evitado, se as autoridades, especialmente as federais, tivessem tomadas medidas mais efetivas para combater o avanço do coronavirus.
Fica evidente, mesmo em análise superficial, que grande parte dessa responsabilidade cabe ao presidente, Bolsonaro, que é listado por especialistas e pela imprensa internacional -, entre os presidentes que fizeram da negação da pandemia uma espécie de jogo político. O Brasil é posto, assim, ao lado de países sob autocracias ferozes, que rejeitam a ciência e propõem soluções anticientíficas.
No Brasil, Bolsonaro rebela-se contra o uso de máscara, promove aglomerações, trata a infecção como “gripezinha”, ao tempo em que devota a sua fé em medicamentos sem comprovação científica para tratar do vírus. Essa atitude, somada à ausência de uma coordenação unificada, a troca de três ministros da Saúde durante a pandemia e a outros momentos evitáveis, contribuíram para levar o Brasil ao segundo lugar do mundo em número de mortes.
Não bastasse a dor de quem perde um ente querido em circunstâncias normais, passou-se a lidar com algo que maximiza as emoções e toma dimensões inimagináveis quando no atual panorama. O processo é duro: para evitar mais contágios da Covid-19, tudo tem que ser feito às pressas, com caixões lacrados, sem chances de realizar as cerimônias tradicionais de despedida.
Neste mais de um ano de pandemia perdemos brasileiros em todo país, no âmbito das unidades da Petrobrás, na Bahia. Lamentamos profundamente a morte de ativos, aposentados, pensionistas, trabalhadores próprios e terceirizados, que durante essa pandemia não sobreviveram. A categoria petroleira também foi afetada com a perda de tantas vidas.
Repudiamos a postura da atual gestão da Petrobrás, principalmente pelos trabalhadores próprios e terceirizados que vieram a falecer trabalhando, pois a estatal não tratou com seriedade devida e necessária que a pandemia precisava desde seu início, ou seja, adotando medidas protetivas individuais e coletivas para com toda a categoria petroleira.
O Sindipetro BA alertou ao longo desse ano a necessidade da adoção dessas medidas, chegando ao ponto de fazer denúncias para a imprensa e para o Ministério Público do Trabalho, fizemos paralisações para cobrar de todas as gerencias das unidades da Petrobrás no estado da Bahia, e com certeza se o Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia tivesse sido ouvido, que tínhamos o único intuito de preservação da vida de toda categoria petroleira, à saúde, algumas dessas vidas poderiam ter sido salvas.
Em nome de toda a categoria petroleira, da direção do Sindipetro BA nossos mais profundos sentimentos com todas as vidas ceifadas de pessoas próximas, que nós convivemos, pessoas que ajudaram na construção da Petrobrás, no fortalecimento da estatal e acabaram perdendo suas vidas, que em muitos casos os trabalhadores foram contaminados nas áreas de trabalho. Além disso mesmo aqueles que não morreram, mas foram contaminados e ficarão com sequelas, que também é uma grande perda para essas pessoas. Refletindo assim a postura do governo federal que tratou com descaso e desdem a questão da pandemia em todo território brasileiro.
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