1º de maio: um dia de luta para os trabalhadores e trabalhadoras
maio 1, 2020 | Categoria: Notícia
Hoje (1º), mais de 80 países comemoram o Dia do Trabalhador, cuja história remonta às manifestações operárias do século XIX. Em 1º de maio de 1886, um grupo de trabalhadores em Chicago protestou contra as jornadas de trabalho extenuantes de até 14h, as condições insalubres e salários baixos.
Foi nesta época que conseguiu-se reduzir a jornada de trabalho para 8h diárias, e a data passou a ser adotada como feriado em diversos países desde 1915. No Brasil, a data foi oficializada em 1924, mas durante o governo de Getúlio Vargas, sofreu uma tentativa de roubo do seu significado: o feriado deixou de ser o Dia do Trabalhador para se tornar o Dia do Trabalho, tirando o protagonismo dos trabalhadores na tentativa de despolitizar a data.
Para o Sindipetro Bahia e outras entidades representativas da causa operária, o 1º de maio continua sendo o Dia do Trabalhador. Seguimos comemorando a data como um festejo político e um dia de luta, e não apenas um feriado de lazer e descanso.
Em 2020, há pouco o que se comemorar. O país está em clima de insegurança, com os empregos de milhares de trabalhadores e trabalhadoras sendo ameaçados durante a pandemia da Covid-19. A situação de crise sanitária e econômica está causando demissões em massa, redução de jornadas e salários, perda de benefícios, e comprometendo a saúde e segurança de quem depende do emprego.
Em todo o Brasil a situação se intensifica com a aprovação da Medida Provisória 927, que autoriza a suspensão de contratos por 3 meses e dificulta o acesso ao auxílio-doença, dentre outras medidas. Desde fevereiro, o governo já editou ao todo 28 medidas provisórias relacionadas à pandemia, muitas incluindo perda de direitos dos trabalhadores.
Na Petrobrás, a situação é ainda pior. A gestão Castello Branco se aproveitou da situação de calamidade pública e da queda nos preços do barril de petróleo para tentar colocar intensificar o seu plano de desmonte da empresa. Na Bahia, campos terrestres serão paralisados, colocando em risco os empregos de cerca de 4 mil funcionários próprios e terceirizados, e diminuindo a arrecadação em 13 cidades brasileiras produtoras de petróleo.
As empresas terceirizadas também estão aproveitando a situação para descumprir acordos e desrespeitar as leis trabalhistas, como denunciado pelo Sindipetro Bahia nesta segunda-feira (27) .
Em tempos tão difíceis, os trabalhadores e trabalhadoras precisam se unirem na luta por melhores condições de vida, por mais segurança no trabalho, e pela garantia de emprego e renda para que todos possam sobreviver à crise. Que possamos ser solidários e unir forças com todas as categorias nesta luta!
Fonte: Sindipetro Bahia
Tag: 1º de maio, Dia do Trabalhador