O 1º de maio é uma data emblemática para os trabalhadores, um dia reservado à reflexão, protestos e reinvindicação por um mundo melhor, pelo fim da precariedade, insegurança e assédio moral no ambiente de trabalho. E ainda por mais respeito e salários mais justos e iguais para homens e mulheres.
Em todo o mundo, o 1º de maio é marcado por manifestações e gritos de ordens de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, que junto com seus sindicatos, centrais, federações e confederações, ocupam as ruas das grandes e pequenas cidades.
Ao longo de muitos anos de luta, a classe trabalhadora progrediu, ascendeu e obteve conquistas históricas, como a redução da jornada de trabalho (de 16 a 12 horas para 8 horas diárias), salário mínimo, repouso semanal, férias remuneradas e assistência médica e sanitária, entre outras.
É bom que nunca esqueçamos que nada disso caiu do céu, não foi dado pelo patrão, mas conquistado. Conquistas, que infelizmente, podem ser perdidas, caso os trabalhadores não estejam sempre alertas e prontos para defendê-las, principalmente na atual conjuntura, onde temos um governo que advoga em favor das pautas empresariais e persegue os trabalhadores.
Na Bahia, o 1º de Maio, que acontecerá em Salvador, no Farol da Barra, às 14h, terá como tema a luta contra a reforma da previdência e a defesa da aposentadoria de todos os brasileiros e será marcado pela união dos trabalhadores (as) de várias categorias e de diversas centrais sindicais como a CUT Bahia, CTB, CSP ConLutas, Força Sindical e UGT. Além de representantes de movimentos sociais. Os manifestantes também vão pedir pelo fim da prisão política de Lula, uma vez que não há nenhuma prova nos autos do processo, que incrimine o ex-presidente.
De acordo com a CUT Bahia, as centrais estarão juntas combatendo “o atual contexto de desmonte, de venda de estatais, desemprego, tentativa de por fim à aposentadoria dos trabalhadores (as), ações truculentas que o governo de Bolsonaro (PSL) tenta impor para a classe de trabalhadores e aposentados (as)”.
História
A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Internacional dos Trabalhadores, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
No Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em 26 de setembro de 1924 que esta data se tornou oficial, após a criação do decreto nº 4.859 do então presidente Arthur da Silva Bernardes. Nas décadas de 1930 e 1940, o presidente Getúlio Vargas passou a utilizar a data para divulgar a criação de leis e benefícios trabalhistas.