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Publicado: 30/03/2019 | 2672 visualizações

Soberania política brasileira é tema do 1º painel do Congresso, neste sábado (30)

O primeiro painel de debate do Congresso de Petroleiros da Bahia, neste sábado (30), no Portobello Ondina Hotel, começa discutindo o tema “Os desafios no mundo do trabalho e na luta pela soberania”, referente a produção de petróleo no mundo e os interesses geopolíticos de grandes países desenvolvidos.  Participaram da mesa o economista Rodrigo Pimentel, a doutora em Ciências Sociais Petilda Vazquez, com mediação de Elizabete Sacramento.

Durante a abertura do painel, o economista Rodrigo Pimentel explicou como era a produção de petróleo no século passado e como as grandes potências econômicas interferiram na política asiática por interesses econômicos e como isso pode afetar a soberania política brasileira nos tempos atuais, a medida que o Brasil ganha destaque na produção da matéria prima. “Não é possível desassociar o petróleo do poder e do dinheiro”, afirma o economista durante a sua palestra.

O economista ainda prevê que o Brasil se tornará em breve um dos maiores produtores de petróleo do mundo, o que fará com que aumente o seu destaque no cenário internacional. No entanto, ele alerta sobre o risco que isso pode significar. “Com interesses maiores, as ameaças são maiores e nós [se referindo ao Brasil] precisamos de aliados ainda maiores”, conclui.

Em seguida, o painel tem a apresentação da cientista social Petilda Vazquez, que inicia a sua apresentação criticando a desvalorização do passado do Brasil pelos próprios brasileiros. Para ela, resgatar o passado é fundamental para construir o futuro. Petilda diz que isso permitiu com que a lógica do “Estado mínimo” fosse implantada no país. “Nós não podemos esquecer que a história do trabalho no nosso país sempre foi de corpos petrificados. Foi assim com os índios, com os negros e os outros povos”, critica.

Ela ainda diz que é preciso reverter a lógica individualista que leva a competição e afirma que “rever esse nós”. Para a cientista social, essa lógica que precisa ser revertida é uma vitória de movimentos como o nazismo. “Estamos a deriva com medo, querendo demonstrar o tempo inteiro uma virilidade”, explica.

FONTE: Sindipetro Bahia