Os cipistas da CIPA Sul da UO-BA, lotados na ISC (Inteligência e Segurança) denunciam perseguição e assédio moral por parte da gerência da Petrobrás. Eles relatam que estão sendo impedidos de exercer a função para a qual foram eleitos.
Segundo eles a perseguição começou após denunciarem irregularidades e acidentes não informados pela ISC à CIPA, ao SMS da UO-BA e nem ao Sindipetro.
Uma denúncia se refere à forma como o efetivo das rondas está sendo reduzido. A composição mínima de dois ISI´s por equipe de ronda não está sendo respeitada em diversas unidades da UO-BA, o que acarreta risco à vida e integridade física destes trabalhadores.
Ao invés de recompor os efetivos de inspetores nas unidades para proporcionar segurança eficiente, a gestão opta pela omissão e até coação para que os trabalhadores continuem exercendo suas atividades de forma tão precária e perigosa.
Outra denúncia foi em relação aos acidentes que estão acontecendo no Departamento de Segurança Corporativa e não estão sendo informados como deveria ser feito.
Também, segundo os cipistas, há o problema do porte ilegal de armas, pois a empresa de segurança contratada pela Petrobrás está acautelando, erroneamente, essas armas de terceiros nas dependências da estatal, sob a guarda dos trabalhadores diretos, que não têm porte para cautela destas armas.
O Colegiado da CIPA Sul, após votação unânime, já despachou nota de desagravo em nome de um de seus Cipistas perseguidos pela gestão da ISC.
Para punir os cipistas, a gerência da Petrobrás alega que ao denunciar eles não respeitaram a hierarquia, o que é desmentido por eles. “Alertamos primeiramente o chefe imediato, mas ele disse que estava ciente e cumprindo ordens da gerência”.
Um dos cipistas foi transferido para o regime administrativo, e está sendo mantido em local isolado, o que o impossibilita de realizar o seu trabalho e de acompanhar as atividades dos colegas, como fazia anteriormente.
Pelo menos dois inspetores de segurança solicitaram seus comunicados de acidente de trabalho formalmente para a gerência da ISC após afirmarem ter se acidentado e não receberam .
O Sindipetro ressalta que está é mais uma atitude ilegal da Petrobrás, pois a Norma Regulamentadora 5, a CLT e o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria são bem claros: é proibido alterar o regime de trabalho do cipista e movimentá-lo do seu local de trabalho. O Sindipetro está tomando as providências, inclusive jurídicas, para garantir que a CIPA Sul possa dar prosseguimento ao seu trabalho.
Fonte – Sindipetro Bahia