Makota Valdina, educadora, líder religiosa e militante da causa negra, morreu na madrugada dessa terça-feira, 19/03. Ela estava internada há um mês no Hospital Teresa de Lisieux, onde sofreu uma parada cardio-respiratória.
O corpo de Makota será velado no Cemitério Jardim da Saudade e o enterro está previsto para ocorrer às 15h30.
Para a diretora do Setor de Raça e Gênero do Sindipetro Bahia a morte de Makota é uma grande perda para o movimento negro. “A lembrança que tenho dela inspira amor. Durante a campanha eleitoral, em um ato no Terreiro de Jesus, ela acalmou o coração de todos que estavam aflitos diante da ameaça (concretizada) de termos um presidente como Bolsonaro e levantou a bandeira da resistência, que vamos continuar carregando”.
Trajetória
Sua vida é retratada no documentário Makota Valdina - Um jeito Negro de Ser e Viver, que recebeu o primeiro Prêmio Palmares de Comunicação, da Fundação Cultural Palmares, na categoria Programas de Rádio e Vídeo. Em 2013, Makota Valdina publicou o livro de memórias intitulado "Meu caminhar, meu viver". Ela foi referência na luta contra o racismo e intolerância religiosa e na valorização da cultura afro-brasileira.
Ao longo de sua trajetória, Makota recebeu muitas homenagens. Entre elas os prêmios Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, e Mestra Popular do Saber, pela Fundação Gregório de Mattos.