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Publicado: 04/01/2019 | 2975 visualizações

Efeitos da redução de efetivo: FAFEN-BA registra jornada de até 40 horas ininterruptas

A redução de efetivo nas unidades da Petrobrás, provocada pelo O&M (Estudo de Organização e Método) e pelos sucessivos PIDVs (Planos de Incentivo à Demissão Voluntária), trouxe efeitos perversos aos trabalhadores e aumento dos riscos às instalações e à sociedade. Exemplos recentes, como a explosão que ocorreu na REPLAN, em São Paulo, são evidências da perda de robustez operacional.


Apesar da alta gestão da Petrobrás negar as consequências danosas, ficaram evidentes as dificuldades de gestão de pessoal das unidades operacionais com a redução dos postos de trabalho imposta pela companhia. E na FAFEN-BA não foi diferente. Na unidade da Petrobras em Camaçari, pelo menos 5 trabalhadores ficaram em jornada extra por falta de rendição no posto de trabalho nos últimos 3 dias. Quatro deles por 24 horas e um por 40 horas ininterruptas, ou seja, 5 turnos seguidos trabalhando sem poder descansar.


Com a iniciativa da Petrobrás de reduzir o efetivo de trabalho, os empregados ficaram obrigados a assumir novas atividades, acumulando funções. Com isso, as possibilidades de substituições do posto de trabalho diminuíram, fazendo com que férias e afastamentos legais gerassem dobras forçadas de turno. O Sindipetro Bahia já vinha alertando que essa política de redução de contingente traria danos aos trabalhadores pela sobrecarga de trabalho e risco de acidentes.

 
O Tribunal Superior do Trabalho já se posicionou no sentido de confirmar dano existencial ao trabalhador que sofre limitações na sua vida fora do ambiente de trabalho em razão de condutas ilícitas praticadas pelo empregador que o impossibilitam de realizar atividades de lazer, conviver com a família ou desenvolver projetos particulares. Foi o que aconteceu com os trabalhadores dessas unidades na Bahia. Nesses casos, o empregador também sofre penalidade de multa por descumprir medidas mínimas no ambiente de trabalho e, em alguns casos, o gestor responsável pode até responder criminalmente.


A relação desses trabalhadores está no Sindipetro, que tomará as medidas necessárias.

 

Fonte: Sindipetro Bahia