A direção da Federação Única dos Petroleiros participou nesta quinta-feira, 22, da reunião com a gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, no centro do Rio de Janeiro, para tratar do novo acordo de regramento da PLR – Participação nos Lucros ou Resultados.
Para o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, a empresa demonstrou falta de interesse em manter o atual formato da cesta de indicadores, que contempla mais a questão produtiva, dando ênfase aos indicadores financeiros. “O acordo atual basicamente contempla todos os segmentos da companhia que privilegia o setor produtivo da companhia, o que não vem acontecendo nas últimas negociações”.
A FUP tornou a questionar as mudanças que os gestores querem fazer no regramento da PLR. Para justificar a nova metodologia proposta, a empresa ressuscitou a Resolução 10 de 1995, editada pelo antigo CCE, cujas recomendações, além de ultrapassadas, são contraditórias com a Lei 10101/2000, que regulamenta o pagamento da PLR.
Além disso, a direção da Federação reafirmou que não concorda que o Sistema de Consequências seja atrelado ao regramento da PLR, tentando tratar de forma individual um programa que deveria ser focado em resultados estritamente coletivos, como determina a Lei. Para a FUP, essa ferramenta foi criada para culpar o trabalhador pelos erros e omissões dos gestores com a segurança.
A empresa deverá apresentar sua proposta na próxima semana para a direção da Federação, que será avaliada pelos Sindicatos filiados em conselho deliberativo, assim como pelos trabalhadores em assembléia.